O desencontro da escola com a
sociedade atual é latente na medida que nos deparamos com exemplos tão atuais. Um estudante de 12 anos foi impedido de entrar na escola pública em que
estudava por usar guias (colares) de candomblé https://www.youtube.com/watch?v=rLsqQV-VoC4 e uma estudante impedida de entrar na escola
por estar usando sandálias https://www.youtube.com/watch?v=IAI8Rh3Xxa8, claros exemplos de despreparo e ausência de reflexão da realidade de vida
dos educandos e educadores. Podemos afirmar que o sistema escolar ainda é
concebido num modelo arcaico, visto que a sociedade não se apresenta mais no
modelo sólido, enquanto a escola se mantém na mesma estrutura e preceitos de
sua primeira formação. Os exemplos elencados nos remete à busca de nova
roupagem dos significados e dos sentidos que o sistema educativo tem – ou
deveria ter – diante da formação das novas gerações. A própria instituição
educacional se mantem inerte impondo
certos modos de conduta, de pensamento e de relações próprias, independente das
mudanças que ocorrem na sociedade, logo, ocasionando um desinteresse para os
estudantes. Esta forma de ensinar não torna os sujeitos com ela envolvidos
capazes de armazenar os objetos em seu contexto, sua complexidade, seu
conjunto. Parte dos alunos que sai da escola todo ano não consegue estabelecer
uma relação entre o que viveu e aprendeu na escola, com a realidade fora dela,
pois as informações são transmitidas de forma engessada, prontas e moldadas
desestimulando a criação e o pensamento critico sobre a realidade. Nas escolas
não pode haver um único modelo de pensar, tão pouco se desenvolver sem respeito
a diversidade, as diferenças individuais e respeito ao ritmo de cada aprendiz.
O filme Vênus Negra retrata o quanto julgamos o diferente, sendo assim, fora dos
padrões aguça nossa curiosidade ficando a mercê da exploração humana, o filme
em questão, embora antigo, registra algo comum nos dias atuais quando pegamos
como exemplo a exploração das mulheres no carnaval, o país como rota de prostituição,
piadas de baianos, gaúchos fazem parte
do nosso universo cultural. Até pouco tempo atrás era comum apresentações de biótipo em circos,
teatros, ora, não precisamos nos deslocar para o passado, basta citar exemplos
televisivos atuais, onde a figura do homem magérrimo é exposto como atração e
ridicularização, anões do programa Pânico sendo hostilizados e agredidos em nome
de uma atração apelativa, por último apresentação feminina em uma casa noturna
e um cartaz de circo divulgando sua atração principal, a mulher Monga. Todos esses exemplos encontram-se atuais e agraciados pela sociedade.
FONTES:
MISSIO, Luciani e CUNHA, Jorge
Luiz da Cunha. UM OLHAR SOBRE A EDUCAÇÃO
MODERNA NO SÉCULO XXI
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