domingo, 7 de janeiro de 2018

DESENCONTRO ENTRE ESCOLA E REALIDADE

O desencontro da escola com a sociedade atual é latente na medida que nos deparamos com exemplos tão atuais. Um estudante de 12 anos foi impedido de entrar na escola pública em que estudava por usar guias (colares) de candomblé https://www.youtube.com/watch?v=rLsqQV-VoC4   e uma estudante impedida de entrar na escola por estar usando sandálias https://www.youtube.com/watch?v=IAI8Rh3Xxa8,  claros exemplos de despreparo e ausência de reflexão da realidade de vida dos educandos e educadores. Podemos afirmar que o sistema escolar ainda é concebido num modelo arcaico, visto que a sociedade não se apresenta mais no modelo sólido, enquanto a escola se mantém na mesma estrutura e preceitos de sua primeira formação. Os exemplos elencados nos remete à busca de nova roupagem dos significados e dos sentidos que o sistema educativo tem – ou deveria ter – diante da formação das novas gerações. A própria instituição educacional se mantem  inerte impondo certos modos de conduta, de pensamento e de relações próprias, independente das mudanças que ocorrem na sociedade, logo, ocasionando um desinteresse para os estudantes.  Esta forma de ensinar não torna os sujeitos com ela envolvidos capazes de armazenar os objetos em seu contexto, sua complexidade, seu conjunto. Parte dos alunos que sai da escola todo ano não consegue estabelecer uma relação entre o que viveu e aprendeu na escola, com a realidade fora dela, pois as informações são transmitidas de forma engessada, prontas e moldadas desestimulando a criação e o pensamento critico sobre a realidade. Nas escolas não pode haver um único modelo de pensar, tão pouco se desenvolver sem respeito a diversidade, as diferenças individuais e respeito ao ritmo de cada aprendiz.


O filme Vênus Negra  retrata o quanto  julgamos o diferente, sendo assim, fora dos padrões aguça nossa curiosidade ficando a mercê da exploração humana, o filme em questão, embora antigo, registra algo comum nos dias atuais quando pegamos como exemplo a exploração das mulheres no carnaval, o país como rota de prostituição, piadas de baianos, gaúchos  fazem parte do nosso universo cultural. Até pouco tempo atrás  era comum apresentações de biótipo em circos, teatros, ora, não precisamos nos deslocar para o passado, basta citar exemplos televisivos atuais, onde a figura do homem magérrimo é exposto como atração e ridicularização, anões do programa Pânico sendo hostilizados e agredidos em nome de uma atração apelativa, por último apresentação feminina em uma casa noturna e um cartaz de circo divulgando sua atração principal, a mulher Monga. Todos esses exemplos encontram-se atuais e agraciados pela sociedade.


FONTES:
MISSIO, Luciani e CUNHA, Jorge Luiz da Cunha. UM OLHAR SOBRE A EDUCAÇÃO MODERNA NO SÉCULO XXI

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