quinta-feira, 18 de maio de 2017

Projeto Pedagógico em Ação









 Escolhi falar sobre tal afirmação de Paulo Freire para justificar meu processo de aprendizagem e polimento que estou passando  na interdisciplina Projeto Pedagógico em Ação. Difícil a mudança e a superação para buscarmos o novo. Tanto um, como outro incomodativo e assustador.

   Ao participar da Jornada Pedagógica da Autonomia oferecida gratuitamente pelo Instituto  Paulo Freire e ministrada pelo professor Paulo Padilha encontrei repostas para o que me inquietava.

Por que estou estudando o curso Pedagogia ?
Por que aprender os fundamentos desse renomado educador, cuja sua formação foi  em Direito?
Por que sentir necessidade de buscar os conhecimentos em seu livro intitulado Pedagogia da Autonomia?

 Pela simples necessidade, enquanto professora e acadêmica, da dialógica, critica, criatividade participativa com produção de conhecimento.

  Aos assistir a primeira palestra on line pude ser oportunizada a compreensão dos questionamentos acima mencionados e que passo a discorrer  fundadas nas palavras do palestrante.

    Somos todos condicionados quando nascemos mediante regras pré determinadas, mas podemos nos reconhecer como pessoas inacabadas, independente de nossas origens, somos seres em construção, logo  inacabados. ESTAMOS NOS EDUCANDO, esse é o primeiro passo para fazermos MUDANÇAS, e isso refere-se as minhas mutações enquanto professora. Afinal, as pessoas mudam de todas as formas, ela muda no contato com outras pessoas, porque além de inacabadas elas são incompletas. Ainda, a vida inteira elas vão se completando e se reconhecendo  em outras pessoas - CONCEITO DE CONSCIENTIZAÇÃO, não como panaceia, mas tomando consciência do eu próprio, do mundo em  que vivo e do meu próprio eu.

    Quando refletirmos com consciência, segundo Paulo Freire, levantamos "os porquês" das coisas. Contudo, não basta a consciência critica, mas a partir desta tenho que partir para a ação. Essa ação será transformadora. 

     Qual finalidade?

    Sermos felizes, no meu caso, me tornar um profissional qualificado e consciente de minhas ações para com meus alunos. Saber o que passa? Ou ficarmos mais felizes sendo alienados?

   Sendo feliz ingenuamente acabamos sendo explorados, todavia, na pedagogia Freiriana contempla um mundo melhor para todos. Sendo oportunizado, enquanto acadêmica, uma formação reflexiva, pesquisadora e refletindo nas formações de alunos proativos.



quarta-feira, 3 de maio de 2017

DIA DAS MÃES

"... O trabalho com projetos de aprendizagem propõe uma nova escola, onde os papéis, os tempos, os espaços e as práticas são outras ... A metodologia, o desenvolvimento de um projeto de aprendizagem consiste na busca por informações que esclareçam as indagações de um sujeito sobre a sua realidade. Essas indagações se manifestam por inquietações advindas de suas vivências e necessidades em conhecer e explicar o mundo... O objetivo é o desenvolvimento de um processo de aprendizagem que alcance a construção de novos conhecimentos, em que o aprendiz possa sistematizar informações ampliando sua rede de significações, possa reestruturar o raciocínio lógico sobre os novos significados enquanto elabora sínteses de respostas descritivas e explicativas para sua curiosidade..." 
 Estamos estudando a importância dos PA's na vida estudantil de nossas crianças, coincidentemente estamos no mês de comemoração dos Dias da Mães. Lembro, enquanto criança, o quão angustiante era essa data, pois não podia comprar algo que desejava para minha mãe, e tal situação me deixava triste e desolada quando via as propagandas pipocando nos meios de comunicações. 

Hoje, após anos, a  situação não modificou, nem mesmo no meio onde não carece de  menção num planejamento de aula. Os motivos? Vários! Mas, vou me ater em uma única questão: o presente. 

Quando a professora pergunta, aos alunos, o que sabiam sobre o dias da mães ouvir respostas quase unânimes:

- Dia de presentear a mãe!
- Profê, eu ainda não arrumei o presente dela!

Conversas aleatórias foram surgindo no grupo, ora de mãe, bichos, brincadeiras e presentes, todas iam e vinham em suas falas.

Comecei  a me questionar a razão dessas crianças, com tão pouca idade, já relacionar tal data afetiva com presentes. Penso ser reflexo de nossa sociedade, educação e costumes que muitas vezes não sabemos sua origem. Até onde a escola encontra-se omissa ou até que ponto vai sua interferência? Será que ao propor como tema de aula, tal comemoração,  ela possibilita seus alunos à reflexão, autocritica e a construção de novos conhecimentos? Nesse caso só vejo uma utilidade, que o assunto seja interligados a outras disciplinas como matemática, história, geografia e assim sucessivamente.

A professora retoma a conversa e insiste na pergunta - o que é Dia da Mães? As respostas seguintes não traz menção  a razão do dia das progenitoras, mas nítida a obrigação retratada na frase que exemplifico:

- Vou dar para minha mãe um presente.

Professora diz:

- O que é uma mãe?

Alunos:

- Uma mãe é  cuidar dos filhos.
- As mães e os pais quando os filhos não obedecem os pais batem na gente.

Como abordar tal tema de maneira prazerosa e ética para levarmos essas crianças a uma verdeira reflexão sobre a importância de datas comemorativas? Para contrapor as indagações penso que tal resolução encontrará respostas no professor reflexivo e atuante, onde este é imbuído em uma auto análise sobre sua conduta e reais necessidades dos educandos.

Referência:
Texto: PROJETOS DE APRENDIZAGEM - UMA EXPERIÊNCIA MEDIADA POR AMBIENTES TELEMÁTICOS. Autores: Léa da Cruz Fagundes, Rosane Aragón de Nevado, Marcus Vinicius Basso e Juliano Bitencourt Laboratório de Estudos Cognitivos - LEC/UFRGS;  Crediné Silva de Menezes Departamento de Informática – UFES; Valéria Cristina P. C. Monteiro Mestrado em Informática – UFES.