domingo, 3 de dezembro de 2017

AVALIAÇÃO

É unânime a necessidade de ressignificar os procedimentos e instrumentos de avaliação da aprendizagem em geral e os fins a que se destinam. Destaca-se, ainda, a importância de contextualizar os procedimentos avaliativos incluindo-se outras variáveis de análise, além daquelas referentes aos alunos, apenas. Penso que os rumos da avaliação devem estar a serviço da implementação dos apoios necessários ao progresso e ao sucesso de todos os alunos, bem como para a melhoria das respostas educativas oferecidas no contexto educacional escolar e, se possível, no familiar.

Para iniciarmos a escrita menciono o caso da avaliação na educação infantil, esta realizada na maioria das escolas de forma classificatória do aluno, sem ao menos ter a finalidade de auxiliar e orientar os educadores na tomada de decisões que contribuam para o aprimoramento de respostas adequadas às necessidades dos alunos. Pelo contrário, a preocupação é avaliar somente o aluno no que "aprendeu". Atualmente não vejo esse recurso sendo usado como forma de aprimoramento da escola e do professor. 

Outro questionamento é para que avaliar na educação infantil se os alunos não tem a obrigatoriedade de passar de ano, eles vão galgando de um ano letivo para o outro sem a exigência de resultados contabilizados. Não quero com isso abolir a avaliação, mas que esta venha de fato com a preocupação de levantar questões que servirá para a tomada de decisões acerca do que é preciso fazer para atender às necessidades identificadas, isto é, para construir caminhos que permitam a remoção de barreiras para a aprendizagem, ou seja, que a avaliação é um processo de coleta de dados com pelo menos dois propósitos: identificar necessidades e tomar decisões, deve-se analisar, permanentemente, todos os elementos constitutivos do processo de ensino e de aprendizagem. Tal avaliação, pois, é um processo permanente e contínuo, que deve ocorrer na escola, compartilhado por todos os que nela atuam.

Se partimos da  ideia de que a avaliação é medida dos desempenhos dos alunos está fortemente enraizada no imaginário dos educadores e dos aprendizes, logo,  fica mais evidente a necessidade de rever os padrões atuais de avaliação quando falamos educação especial, onde precisamos  levar em consideração as diferenças individuais - usado os mesmos critérios que são usados para os “outros” ditos normais. Particularmente em se tratando de pessoas com deficiências e com limitações decorrentes de suas necessidades especiais, a avaliação torna-se inclusiva, na medida em que permite identificar necessidades dos alunos, de suas famílias, das escolas e dos professores. Mas identificá-las, apenas, não basta. É preciso construir propostas e tomar as providências que permitam, concretamente, satisfazê-las  em oferecer subsídios para a indicação dos apoios e recursos pedagógicos que contribuam para a remoção das barreiras para a aprendizagem e para a participação de todos os alunos.

fonte:
Avaliação para identificação das necessidades educacionais especiais
Saberes e práticas da inclusão : avaliação para identificação das necessidades educacionais especiais. [2. ed.] / coordenação geral SEESP/MEC. - Brasília : MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006. 92 p. (Série : Saberes e práticas da inclusão) 1. Necessidades educacionais. 2. Aluno portador de necessidades especiais. I. Brasil. Secretaria de Educação Especial.


quarta-feira, 29 de novembro de 2017

INCLUSÃO ESCOLAR E AUTISMO



O autismo tem como característica o desenvolvimento acentuado atípico na interação social, comunicação e pela presença de um repertorio marcadamente restrito de atividades de interesses. Desse modo observa-se uma dificuldade de comunicar-se de maneira usual com as pessoas, assim como no âmbito escolar, vejamos:

Observo que  a ausência de respostas das crianças autistas deve-se, muitas vezes, à falta de compreensão do que está sendo exigido dela, ao invés de uma atitude de isolamento e recusa proposital. Até que ponto o retraímento social dos autistas não resultaria da falta de oportunidades oferecidas, mas do que algo inerente à própria síndrome, afinal o ser humano está inatamente programado para estabelecer vínculos sociais.

Em outra palavras, proporcionar às crianças com autismo oportunidades de conviver com outras da mesma faixa etária possibilita o estimulo às suas capacidades interativas, impedindo o isolamento contínuo. Fica evidente que crianças com desenvolvimento típico fornecem, entre outros aspectos, modelos de interação para as crianças com autismo, ainda que a compreensão social desta última seja difícil. A interação com pares é a base para o desenvolvimento, como para o de qualquer outra criança.

A partir da sua inclusão no ensino comum, possa oportunizar os contatos sociais e favorecer não só o seu desenvolvimento, mas de outras crianças na medida em que estas últimas convivam e aprendam com as diferenças. Lamentavelmente crianças com prejuízos e déficits cognitivos acentuados, como psicóticos e autistas, não são considerados em suas habilidades educativas, devido o fato de existirem poucos estudos sobre inclusão de crianças autistas na rede comum de ensino. Por isso, a atuação do professor é fundamental para que a inclusão escolar aconteça de forma satisfatória.

Outro erro, que noto com frequência,  diz respeito as dificuldades do  professor em diferenciar inclusão de integração:

Integração: investe-se na possibilidade de indivíduos com deficiência frequentarem escolas comuns de ensino, cujo o currículo e método pedagógicos estão voltados para crianças “normais”.

Inclusão: muda-se o foco do individuo para a escola. Neste caso, é o sistema educacional e social que deve adaptar-se para receber a criança deficiente.

Pontuo na necessidade de orientação aos professores, pois é a falta de conhecimento a respeito dos transtornos autísticos  que o impedem de identificar corretamente as necessidades de seus alunos com autismo, bem como, a tendência a centralizar suas preocupações em fatores pessoais como, medo e ansiedade frente à sintomatologia mais do que à criança em si. no cotidiano escolar observo outro entrave que muitos educadores resistem ao trabalho com crianças autistas devido a temores em não saber lidar com a agressividade delas – aliás, um aspecto que não é necessariamente característico desta condição. Revelando a ideia distorcida que os professores tem sobre o autismo, principalmente quanto à (in) capacidade de comunicação, e essas concepções parecem influenciar as pratica pedagógicas e as expectativas acerca da educabilidade  desses alunos. A dificuldade, em geral, dos professores se apresentam na forma de ansiedade e conflito ao lidar com o “diferente’. Um processo de inclusão mal sucedido pode aumentar os riscos de isolamento, rejeição dos pares e baixa quantidade de amizade.


Uma criança que apresenta deficiência, pode beneficiar-se da experiências sociais, e na medida que os conteúdos  vão sendo desenvolvidos e “aprendidos’ por esses alunos, torna-se possível a entrada de novos conteúdos.

justificando o texto julgo necessário fundamentar a escrita com o intuito de pontuar dificuldades que se fazem presentes no cotidiano escolar, pois são averbações fidedignas do que observo na lida com um alno autista. Por outro lado, hoje encontramos textos onde nos possibilita a reflexão sobre o tema, mais, saber que é possível mudarmos nosso viés de tudo o que nos foi ensinado calcados tempos remotos, desde que, tenhamos motivação para ir em busca do saber com a finalidade de derrubar tabus impostos a nós educadores sem nenhuma base cientifica, apenas pela dedução do preconceito.

fonte:  CAMARGO, Síglia Pimentel Hoher Camargo; BOSA, Cleonice Alves. COMPETÊNCIA SOCIAL, INCLUSÃO ESCOLAR E AUTISMO: REVISÃO CRÍTICA DA LITERATURA. Psicologia & Sociedade, 21 (1): 67-71, 2009

SOU PROFESSORA (DIA DO PROFESSOR)

Uma homenagem ao nosso dia em forma de poema para nossas lutas, fé e liberdade para construirmos o saber!

Algumas pessoas me dizem que “sou uma professora nata”.
Outras afirmam que “sou dedicada no que faço”.
Mas você sabe?
Eu me preparei para este dia,
Venho me preparando por 43 anos.
Aos 24 me tornei Bacharel em Direito.
Não  tinha convicção!
Então...
Comecei tudo do zero
Aos 39 anos comecei a dar aulas,
Aos 41 comecei estudar Pedagogia,
Aos 42 anos passei no primeiro concurso público para Educação Infantil.
Criei uma verdade – ser PROFESSORA.
Trabalho e estudo com entusiasmo.
Existe a crença forte em mim: EDUCAÇÃO é o caminho para a LIBERDADE.
Tenho muitos sonhos para realizar
Acredito em mim,
Tenho potencial em êxtase a ser explorado
Quando pensares que é tarde demais,
Tenha cuidado!
Não deixe que isso
Seja uma desculpa para você desistir.
Ninguém pode impedi-lo de vencer !
Exceto, você mesmo.
Seja o mais dedicado no que faz,
Pois chegará a hora de brilhar.

Poema baseado no relato de vida de um chinês Dushun Wang.


quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O ESPAÇO ESCOLAR COMO PARCEIRO DO PROFESSOR

Inicio minha escrita de hoje citando o primeiro capítulo do livro intitulado À sombra desta mangueira, cujo o autor é Paulo Freire. Entre tantos pontos marcantes desse texto, destaco a importância da organização da sala de aula. De acordo com o autor o espaço escolar deve ser facilitador à curiosidade, sem ela, degenera-se a pratica educativa progressiva, enquanto espaço aberto ao exercício da curiosidade epistemológica deveria ser preocupação de todo projeto educativo sério. Pede atenção em pormenores do mobiliário escolar prazeroso ao respeito a ele por por parte dos alunos e da administração.



Defendo que o meio físico e social é muito importante para que haja interações e construção do conhecimento, partindo do principio que são seres únicos, históricos, social e cultural, sendo importante saber organizar o espaço tanto interno e externo das salas e do pátio para os alunos sentirem confiantes, seguros e flexível o suficiente, fazer alterações quando necessário à medida que  modificam e evoluem as potencialidades das crianças. Uma grande aliado para saber o momento de fazer tais mudanças está no hábito do professor saber escutar e observar atentamente a turma, isso trará ao educador a possibilidade de descobrir o real interesse das crianças, bem  como suas necessidades. O segundo passo será a preparação dos desafios, trazendo e confeccionando coisas novas e jamais esquecendo que a exploração dos objetos será diferente para cada criança,e é isso que enriquece o trabalho e a troca de saberes, todos  participam da construção do espaço escolar de forma democrática.

Com base nas ideias de José Antonio Castorina, o autor prescreve que não é suficiente mensurar o saber da criança ao entrar na escola, mas devemos estudar dentro  da sala de aula como os conhecimentos são influenciados e como os professores apresentam tais problemas. Ofertar  espaços para que os alunos apresentem seus próprios problemas e que possam confrontar seus conhecimentos fruto do seu desenvolvimento. Ainda, os saberes que as crianças adquirem em sala de aula, são conhecimentos que não podem adquirir sozinhos, só é possível adquirir com ajuda de outro, mas dentro de uma didática com muita informação. Ensinar não é simplesmente dar aula, mas incentivar o próximo a apresentar seus próprios problemas, escutar os alunos e permitir que interajam entre si para formularem hipóteses.

Penso, de acordo com os ensinamentos de Castorina, que o maior desafio é estudar o que as crianças sabem por si mesmo e o que foi ensinado na escola, e que esses saberes combinem com os saberes sociais (Psicologia Genética). Se  não houver contexto didático, as crianças não constroem conhecimento em sala de aula, logo deve estudar significações preexistentes para assimilar as novas que estão sendo apresentadas. A pluralidade dos saberes despido da crença coletiva, mas capazes de formar cidadão critico e vindo a intervir no mundo.

fonte: FREIRE, Paulo. À sombra da mangueira, pág. 78-79. São Paulo. 2000, Ed. Olho D´água.
CASTORINA, José Antonio, vídeo Jean Piaget: aprendizagem e conhecimento escolar, https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=7uUX52eo4u0 , acessado em 15/11/17       

CONSTRUÇÃO DA PEDAGOGIA NAS CRECHES

Foram quase duas décadas afastada da sala de aula, quando retornei observei uma pedagogia muito diferente daquela que havia me formado. Mas algo me incomodava na rotina dessa nova escola, ou seja, uma pedagogia atual, mas o cotidiano da escola galgado em atitudes oriundas de décadas passadas. Eu, observava um entrave entre o corpo docente e as famílias das crianças. De um lado era exigido dos educadores atitudes que caberiam exclusivamente aos progenitores, por outro lado, os professores exigiam comportamentos desses pais dentro das concepções atuais de Educação, ou seja, a família não poderia mais atribuir a creche a obrigação de apenas cuidar dos seus filhos, pois  na nova visão educacional vigente, a Instituição Creche  desenvolve papel educativo e acompanhada das famílias. 

A mencionada creche tem sua criação através de um grupo de casais que se uniram com o intuito de criar um espaço para "cuidar" de crianças, enquanto suas mães buscavam colocação no mercado de trabalho. Imaginava daí o surgimento, naquela instituição, daquelas características paternalistas e solidárias, quase que uma instituição de caridade, o que ao meu ver tinha explicação, mas não fundamento diante nas novas concepções do papel educacional  das escolas de educação infantil. Atribuía a uma construção histórica e cultural daquele bairro localizado em uma região pobre da cidade e a imagem da creche vinculada à instância de assistencialismo.

 A compreensão do que foi narrado acima veio com a leitura das Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico Raciais  possibilitando um novo olhar mais sensibilizado para essa questão assistencialista por parte das famílias. Até pouco tempo fazíamos toda e qualquer tipo de higienização com os alunos, sob alegação que as crianças estavam naquele espaço para serem cuidadas, enquanto as progenitoras iam em busca de sustento. 

Reafirmo que trata-se de um questão histórica e cultural na medida que lemos as Orientações, esta relata  o surgimento abrigos, refúgios para crianças e filhas de mães operárias, nesse fase, por volta do século XVII e XVIII a infância passa ser considerada uma fase da vida que merece atenção e já no século XX, as instituições atendem às crianças como medida de saúde pública. Nessa época o discurso era em torno de educar para moralizar, civilizar e  domesticar calcados em valores rígidos do cristianismo. Prevalecia igualmente a preocupação com o sono, higiene, alimentação e rotinas rígidas ( tal e qual a escola que descrevi acima). Eram consideradas um  espaço de controle social e tinha como objetivo evitar a vadiagem e a delinquência infantil. As preocupações de caráter pedagógico e cognitivo estava a margem dessas escolas. Nota-se, desde então, que havia uma concepção de apenas cuidar vinculado à prática assistencialista que marcou as creches daquele período e ainda se encontra arraigada em muitas escolas infantis dos tempos atuais.

A mudança desse padrão educacional veio com os movimentos populares de  luta por creches, exigindo do Estado a criação de redes públicas de Educação Infantil. Os governos municipais em conjunto com  organizações de moradores, clubes de mães, associações de bairros implementam programas pré escolares.

Meados da década de 80 a infância é colocada na agenda pública e a criança passa a ser sujeito de direito. Áreas como saúde, bem estar social, Ministério Público, Conselhos Tutelares e Defesa dos Direitos da Criança passam a trabalhar em conjunto com a ideia de Criança Cidadã.

Outro salto promissor veio com a promulgação da Constituição Federal de 1988, ao reconhecer em seu artigo 208, inciso IV o caráter educativo das creches passando a ser incorporada à área da educação,  encontrando reforço na Lei de Diretrizes da Educação Nacional de 1966, onde a Educação Infantil passa a ser parte integrante da educação básica, compreendida como a primeira etapa.

fonte: Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico Raciais, pg. 34-37

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

MEIO CAMINHO PARA UM SONHO

Durante a aula do dia 24/10/17 uma colega mencionou que nossa aprovação no vestibular da UFRGS estava de aniversário, ou seja, dois anos e meio havia se passado do tão desejado sonho de cursar uma faculdade, ainda mais, na renomada Universidade Federal cujo o histórico de formação é excepcional. Ouvi e comecei a refletir durante alguns dias sobre o fato narrado, os primeiros semestres com acesso às diversas tecnologias e angustia de percorrer novos caminhos. Tudo foi relembrado e sentimentalizado após a colocação da colega. O egresso foi um marco de recomeço na minha   vida, digo em todos os sentidos, possibilitando reativar uma vocação adormecida  e com mais sabor, pois retornei pela segunda vez a essa tal respeitada instituição. Agora, acadêmica mais madura, serena e desejando novos conhecimentos sobre aquilo que de fato desejei desde o tempo do antigo ginásio.

O retorno aos estudos foi penoso na medida em que temos que reorganizar toda nossa estrutura familiar, trabalho e social, além da angustia de partirmos em busca do novo. Difícil, choroso e em certos momentos assustador devido a demanda de leituras e pesquisas e produções de textos. Valeu!!! Cá estou cursando o quinto semestre, bem  dizer alcancei a metade do meu objetivo: Que orgulho!!!

Ao escrever esse texto vou revivendo cada semestre findado, nos traz a sensação do dever cumprido - sensação indescritível,  na medida que manuseio o Moodle, Workshop a insegurança foi perdendo força e a segurança em expor as ideias se solidificando. No inicio, ao realizar as atividades pensava: Será que tá certo? Entendi direito? Se escrever de tal forma corro o risco de ser mal interpretada? e por ai meus fantasmas vagavam. O incômodo findou quando recebi uma mensagem da professora Leda me parabenizando por ir em buscas de novas leituras e suscitando novos questionamentos  oportunos aos temas propostos - era o que faltava para me sentir segura e  começar a ensaiar os primeiros passos rumo a construção do saber, como um bebê que começa a dar os primeiros passos segurando a mão de alguém e quando se sente seguro tenta fazer sua caminhada só,  me vi exatamente nesse exemplo. Minha identidade estudantil estava sendo criada, na medida que passei a buscar mais leituras para complementar os textos enviados no Moodle comparando as informações, questionar ou fortalecer algo que, por intuição, já desconfiava. Com o tempo fui percebendo que também não era uma tábua rasa, melhor, nenhum aluno é,  e na medida que o curso  avançava fui me entendendo como aluna, meus defeitos, tempo de maturação, disciplinas e curiosidades para despertar o interesse pelo saber, e enquanto professora, veio a lapidação de uma pedra, e esse polimento vem me tornando uma professora consciente e sensível frente a realidade dos meus alunos. Aprendi que o conhecimento deve ser construído em conjunto com os educandos, ter finalidade, objetivos e galgado no interesse dos alunos e na sua bagagem de vida pessoal. Para ocorrer a construção do saber, primeiramente, devemos despertar a curiosidade em nossos alunos, não há educação sem encanto e afeto, logo o amor deve ser pulverizado no ambiente escolar e a reflexão deve fazer parte do oficio  do educador.

Ainda colho bons frutos de atividades trabalhadas em sala de aula dos semestres anteriores aplicadas aos meus alunos, como o Projeto Bicho Cabeludo ( desenvolvido no semestre passado em que as crianças continuam observando por conta própria na pracinha da escola o ciclo da lagarta); o aluno Bento (já mencionado nesse blog com a experiência da rede); a minha primeira participação no Salão Cientifico de Educação Infantil de Torres/RS;elaboração de  atividades musicais com instrumentos de percussão. Sem dúvida, o apoio de nossos professores para nós alunos não desistirmos é de grande valia, e essa mesma consciência deveria ocorrer em nossas escolas, repeitando o limite e a individualidade de cada aluno, ao mesmo tempo, oportunizando o conhecimento, ao meu ver,  são afirmações fundamentais para o sucesso escolar. Inciando na Educação Infantil e perpetuando por todos os níveis de escolaridade.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

O ALUNO SUA REDE DE DORMIR: ORIGEM E BENEFÍCIOS


Na contramão dos preconceitos e ávida para descobrir novos hábitos culturais que pudesse implementar aos meus alunos, levei uma rede para escola com a finalidade de armar para  as crianças brincarem no cotidiano escolar. A primeira vez foi montada no espaço de vida útil, lugar que imita uma mini cozinha onde os alunos brincam de casinha. o intuito inicial era meramente descontrai-los, uma especie de novidade para aquele ambiente. Todos curtiram, embalaram uns aos outros e sucessivamente com trocas entre si.

 Dado momento eu e a professora Dircilene Verdum decidimos colocar nosso aluno autista para observar qual seria sua reação deitado e olhando o mundo de baixo para cima,  pensamos de inicio: será que  vai aceitar ou vai chorar? Para nossa surpresa sua receptividade foi aquém de nosso esperado, de imediato abriu largo sorriso e seu semblante era de puro prazer e euforia. Observava o céu, os movimentos dos seus dedos seguido de risos como estivesse experimentando algo totalmente novo. Nós professores ficamos em êxtase com essa nova descoberta de satisfação de nosso aluno. Outrora, na saída, fomos contempladas com choro e expressões de insatisfação dele para conosco, que maravilha, B reagiu a favor de sua vontade, isso era o ápice de nossa descoberta. Assim seguiram os dias dele na rede, sempre esboçando plenitude e prazer ao se deparar com aquela rede estendida à sua frente. Tanto foi seu contentamento que o pai, ao levá-lo de manhã cedo para escola, percebeu sua manifestação com os braços estendidos em direção a rede estendida, era a comunicação de nosso aluno querendo por ali ficar. A descoberta do B pela rede  é a noticia mais admirada de nossa semana escolar, graças a nossa percepção e sensibilidade para com esse aluno, nos fazendo acreditar em nossas intuições e observar a necessidade e individualidade de nossas crianças.

Ambos tivemos ganhos, o aluno, em descobertas e nós em nos aprofundar pelos benefícios de experimentar o novo, além de acusar a curiosidade em fazer um estudo sobre a origem das redes e seus benefícios, bem como estudar os povos que a utilizam em seu cotidiano.De fato, ela acalma, traz sensação de leveza e pode ser usada como terapêutica, haja  visto o exemplo de B ao buscar refúgio, conforto e prazer ao deitar-se numa rede.

fonte de pesquisa:

 https://www.youtube.com/watch?v=ccJj46b9rog, acessado em 17/10/2017

O MENINO NITO - MENINO PODE CHORAR?

  



Sinopse:   historia de um menino cujo o pai o proíbe de chorar sob a alegação que homem não chora. Nito se torna uma criança triste e adoece de tanto engolir o choro. O menino é levado ao médico e este o aconselha a “desachorar”.


Descrição da atividade: os alunos do Pré I A foram convidados a sentarem em roda para discutirmos uma pergunta lançada para eles: menino pode chorar?
Após assistir o filme e ouvir diversas repostas registramos algumas falas onde a maioria afirmava negativamente.

Menino não chora por que ele é macho!
Não pode chorar, só quando apanha!
Se eu não chorar eu ganho carrinho!
Eu choro. O menino parou de chorar porque ele era forte!


 Retomamos a discussão com o intuito de analisar se houve troca de opiniões entre os alunos, após serem registradas, convidei meninas e meninos para se vestir e brincar do sexo oposto. As meninas demonstraram alegria e espanto, enquanto dois meninos apenas aceitaram a brincadeira. O primeiro garoto se vestiu, maquiou e brincou muito a  vontade, o segundo apenas se limitou em vestir-se de menina, mas recusou em fazer pinturas no rosto.

O Objetivo da atividade  era  fazer uma abordagem positiva e discreta ao tema lançado para a  turma: Menino pode chorar? Duas crianças foram destaques na abordagem suscitada. a primeira filho de pais casados e a cultura machista fortemente presente na vida  familiar. A mãe, de acordo com relatos do filho em sala de aula, é retratada em casa como medrosa, chorona e muito brava. Ele e o pai  fazem brincadeiras de sustos e preconceituosas colocando a progenitora na figura de fragilidade. Essa mesma criança a qual iremos denominar de “A” foi muito enfática que homem não chora, não gosta de meninos de brincos e tivesse um amigo de cabelos cumpridos não brincaria com o mesmo, pois segundo suas palavras, tudo isso é coisa de menina. Mesmo após varias colocações de outros colegas , o menino “A” continuou com seu posicionamento.

O segundo o qual será denominado “K” apresentou um comportamento inverso de “A”, aquele totalmente a vontade na atividade mencionando que ser menina era também muito legal. Essa criança é  criado apenas com a figura materna, onde a mãe é a única referência e tida como seu apoio e escudo.


Por meio de uma escuta sensível busquei compreender a historia de vida dessas crianças e entender porque para um os valores e preconceitos são tão arraigados, ao passo que para o segundo a questão é vista como  normal e sem levantar questionamentos preconceituosos. A criança por natureza sente e pensa o mundo de um jeito próprio, são os adultos que interferem nesse processo ofertando a elas, crianças, características, falas e exemplos que desvalorizam o próximo socialmente. Os preconceitos muitas vezes  é oriundo da cultura  familiar que possui valores preconcebidos. Aponto no sentido que é possível mudar essa realidade por duas vertentes: a primeira diz respeito ao processo de aprendizagem que ocorre por toda a vida, sempre se aprende sobre varias coisas, espaços e ambientes oportunizando a todos reavaliar seus conceitos. A segunda solução encontra-se no âmbito escolar, dependendo como é tratada a questão da diversidade, a escola pode auxiliar as crianças a valorizar sua cultura, seu corpo, seu jeito de ser. Contudo, a prerrogativa no âmbito escolar ainda encontra-se truncada, na medida que muitas escolas não possui a temática das relações étnicos raciais nos seus projetos pedagógicos, e, como citado nas  Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico Raciais. 

"... o tema trabalhado permanentemente e nessa perspectiva é possível criar condições para que não mais ocorram intervenções meramente pontuais, para resolver  problemas  que surgem no dia a dia relacionados ao racismo. Aos poucos, o respeito à diversidade será um principio  das instituições e de todas as pessoas que nela atuam." 

fontes:

Rosa, Sonia. O MENINO NITO.
 Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico Raciais, página 168. 


domingo, 8 de outubro de 2017

EXPERIÊNCIAS


Semestre anterior falamos sobre o professor reflexivo e sua importância de auto  analisasse  enquanto educadores. Por coincidência tive a oportunidade de aprofundar a leitura com outro texto  do professor e doutor em pedagogia pela Universidade de Barcelona, Espanha BONDÍA Jorge Larrosa , no qual menciona o valor de sermos reflexivos, bem  como do valor das experiências e o tempo para podemos acomodá-las. Conforme afirma Bondía "a palavra experiência que vem do latim experiri, provar (experimentar)", logo ela é um encontro  ou uma relação com que se experimenta . Ao fazermos experiências, seja ela enquanto professor, observador, cidadão ou mera curiosidade significa que algo nos acontecerá, nos apoderá e indubitavelmente nos tombará e nos transformará. E essa capacidade de formação ou de transformação, que é outro componente  da experiência,  nos forma e nos transforma, somente  sujeito da experiência está aberto à sua própria transformação.

Contudo tais benefícios não vem acompanhado de êxito apenas, faz-se necessário apontar outros questionamentos oriundos da velocidade da atualidade. Em primeiro lugar pelo excesso de informação, a segunda não é experiência, mais, a informação não deixa lugar para a experiência, ao contrário, uma antiexperiência. O papel primordial dela é cancelar nossas possibilidades de experimentar. Quer dizer, um sujeito fabricado e manipulado sob a égide da informação e da opinião, será cidadão incapaz de experienciar. E, esta é  cada vez mais por excesso de opinião, algo imperativo, pois passamos a  vida opinando sobre qualquer coisa e sobre algo que nos sentimos informados, e se alguém não tem opinião olhamos como falho e algo lhe faltando.

Como percalços das nossas experiências cito os excessos de informações, as enxurradas de opiniões e os experimentos cada vez mais raros, por falta de tempo, isso mesmo,  tudo se passa demasiadamente depressa, fugaz e substituído por outro estímulo ou por outra excitação igualmente fugaz e efêmera. Somos consumidores, assim como nossos alunos, vorazes e insaciáveis de noticias, novidades. Tudo nos agita, excita, choca, mas nada nos acontece. Na educação a falta de silêncio, memória e tempo para acomodar e deliciar as experiências são inimigas mortais do tema aqui proposto.

Concluo que o sujeito da experiência se define não por sua atividade, mas por sua passividade, receptividade, disponibilidade, e mais importante ao meu ver, sua abertura como  território de passagem sensível ao acontecimento e que de algum modo o afetará e produzirá alguns vestígios ou efeitos.

fonte: BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Tradução de João Wanderley Geraldi, ,Universidade Estadual de Campinas, Departamento de Linguística,  Revista Brasileira de Educação, Jan/Fev/Mar/Abr 2002, pág. 20-28, n°. 19

segunda-feira, 17 de julho de 2017

NOSSO PRIMEIRO CONSELHO DE CLASSE

Com o intuito de finalizar o Projeto Bicho Cabeludo, elaboramos, em conjunto, com a  professora Dircilene Verdun, o nosso primeiro miniconselho de classe, tendo como objetivo avaliar o que alcançamos e pontuar o que pode ser melhorado para os nossos próximos projetos. Quando o  Conselho foi sugerido pela professora Dircilene, achei uma excelente oportunidade para ouvirmos nossos alunos, bem como para nós, professoras, refletirmos sobre nossa conduta e participação.


ATIVIDADE:  PRIMEIRO MINICONSELHO DE CLASSE PARTICIPATIVO - PRÉ I A
O QUE É?
O miniconselho de classe é uma reunião avaliativa em que as crianças envolvidas no processo de aprendizagem discutem assuntos pertinentes ao que estão aprendendo, como as crianças percebem as ações das educadoras, os resultados das estratégias de ensino empregadas, a adequação das situações de aprendizagem e outros aspectos referentes a esse processo, a fim de avaliá-lo coletivamente, mediante diversos pontos de vista. Ocorre de maneira informal, através de uma conversa coletiva em que todos podem opinar e contribuir com sugestões.
QUEM PARTICIPA?
Crianças e educadoras da sala.
QUAL O OBJETIVO?
Compartilhar informações sobre como as crianças percebem a aprendizagem e como eles avaliam as situações em sala de aula, expressar o que pensam em relação ao que está sendo transmitido e assim, embasar a tomada de decisões para a melhoria do processo ensino-aprendizagem por parte dos educadores. Também:
-  Viabiliza avaliações mais completas sobre a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças;
 Facilita a compreensão dos fatos com a exposição de diversos pontos de vista;
-  Permite a avaliação da eficácia dos métodos utilizados;
-  Possibilita a análise do currículo;
-  Promove a troca de ideias para tomada de decisões rumo à melhoria do processo ensino-aprendizagem;
-  Favorece a integração entre professores e crianças.
COMO PLANEJAR?
Preparar a pauta da reunião listando os itens que precisam ser comentados e discutidos. Todos os participantes devem ter direito à palavra para enriquecer o diagnóstico dos problemas, suas causas e soluções.
O QUE ESPERAR?
Chegar a um consenso da equipe em relação:
-  Às avaliações de desenvolvimento das crianças, considerando as singularidades de comportamentos, aprendizagens e histórias de vida de cada um;
-  Às intervenções necessárias para melhorar o processo ensino-aprendizagem das crianças, individualmente.
RESULTADO:
 -  Promover uma visão mais correta, adequada e abrangente do papel da avaliação no processo ensino-aprendizagem;
 Valorizar a observação do progresso individual das crianças aula a aula, bem como seu comportamento cognitivo, afetivo e social durante as aulas;
 Reconhecer o valor da história de vida das crianças, tanto no que se refere a seu passado distante quanto próximo (período a ser avaliado);
 Incentivar a autoanálise e auto avaliação das educadoras;
 Prever mudanças tanto na prática diária de cada educador como também no currículo e na dinâmica escolar, sempre que necessário;
 Traçar metas para que as mudanças sugeridas sejam efetivamente realizadas.

A princípio estávamos programadas  para  realizar esse diálogo nessa segunda-feira (17/07/2017), porém o tempo não contribuiu e a presença de poucos alunos nos impossibilitou de realizarmos. Continuamos na expectativa,  tão longo, de reunir um número expressivo de alunos para fazer o fechamento e contar como foi essa nova experiência.

AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

PORQUE O AVALIAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARECE UMA TAREFA TÃO DIFÍCIL?
“ Professor nenhum é dono de sua prática se não tem em mãos, a reflexão sobre a mesma. Não existe ato de reflexão, que não nos leve a constatações, dúvidas e descobertas e, portanto, que não nos leve a transformar algo em nós, nos outros e no mundo”. Madalena Freire
A utilização dos projetos de aprendizagens na educação infantil, com uma metodologia voltada para os questionamentos e desejos de investigações que surgem a partir da voz das crianças pequenas, me fizeram refletir sobre o porquê de ser tão difícil o momento da avaliação.
Compreendi que a avaliação na educação infantil, muitas vezes não se trata de medir os conhecimentos das crianças, tampouco, descrever de forma subjetiva um texto que dê conta do que a criança consegue ou não fazer, mas sim, pode ser o início de novas descobertas, de encontro com as necessidades dos educandos, e principalmente do educador poder se autoconhecer em sua prática e verificar se tudo o que está planejando e executando está de acordo com o que a criança precisa conhecer e perceber do mundo a sua volta. É preciso que a avaliação se inicie, sim, pela prática do educador, e então, percebo que é neste momento que encontramos as primeiras pedras no caminho.
É verdade que a avaliação, propriamente dita, baseia-se no acompanhamento, observação e registros que se deve fazer da criança, sobre seu desenvolvimento ao longo dos períodos estipulados para o fechamento avaliativo, entretanto, há de se pensar que também deve ser, um momento reflexivo e análise da prática educativa, a fim de perceber
o que pretendíamos, o que obtivemos de fato, e o que precisamos buscar efetivamente, para atingir os objetivos.
Se por um lado, a avaliação pode nos fazer conhecer melhor a nossa criança, suas habilidades e suas deficiências, por outro, pode ser o caminho para a percepção da prática educativa para apontar modos de aprimorá-la. É evidente que cabe ao educador, um olhar cauteloso e reflexivo sobre o crescimento de cada criança, a percebendo em sua individualidade, com suas limitações e suas habilidades, enfatizando suas qualidades e o quanto tem se desenvolvido no passar dos dias. Conforme, Hilda Micarello, diz que:
Avaliar é o exercício de um olhar sensível e cuidadoso ao outro, dito de outro modo, é a parte do exercício de “amorosidade” que o ato educativo encerra e do qual nos fala o mestre Paulo Freire (MICARELLO, 2010, p. 2, grifos do autor).
Por isso a frase de Madalena Freire, citada anteriormente, nos revela que a avaliação de uma criança, deve perpassar pela a avaliação da prática do educador, para que ao analisar os ganhos e as perdas, possa se estabelecer parâmetros para estimar o envolvimento da criança com o seu exercício educativo e assim, traçar uma trajetória de suas descobertas e aprendizados, seus crescimentos e suas dificuldades, situando uma linha evolutiva da criança, apontando suas ações no passado e como tem se expressado no momento atual.
Conquanto seja difícil elaborar uma avaliação que seja realmente assertiva da criança, as contribuições dos registros e anotações de falas, expressões e ações do cotidiano da criança em seu espaço no ambiente escolar, podem ser a chave e o caminho mais seguro, para uma avaliação mais concisa e de acordo com o ideário de uma avaliação efetiva na educação infantil, por refletirem acontecimentos conexos ao amadurecer de cada um.
No Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (Brasil, 1998), em seu livro de introdução, o item “Observação, registro e avaliação formativa”, em conformidade com a legislação vigente, nos fala que a avaliação é: “[...] um conjunto de ações que auxiliam o professor a refletir sobre as condições de aprendizagens oferecidas e ajustar a sua prática às necessidades colocadas pela criança”. Ou seja, não se trata de questão classificatória, punitiva ou ainda promocional, que inevitavelmente se remete à avaliação. E o documento acrescenta que: “É um elemento indissociável do processo educativo que possibilita ao professor definir critérios para planejar as atividades e criar situações que gerem avanços na aprendizagem das crianças. Tem como função acompanhar, orientar, regular e redirecionar esse processo como um todo”. (Brasil, 1998, v. 1, p.59)
Definindo o que se espera ser a avaliação na educação infantil, observa-se que a parte mais dificultosa desta ação é para muitos, a auto avaliação do próprio educador sobre sua prática, e como isso se relaciona com o desenvolvimento das crianças, de maneira coletiva e mesmo individual, porque o olhar o outro, o criticar o outro, ver o que se tem que melhorar no outro, são severamente mais fáceis de serem apontados, mas o olhar-se no espelho da verdade, é que é tarefa difícil. Ainda que, neste texto busque refletir sobre as dificuldades de se fazer a avaliação na educação infantil, ainda temos outros questionamentos, que remetem a como apresentar tais explanações, como o portfólio, parecer descritivo, conceitos, enfim, mas isso são inquietações para uma nova reflexão.



Referências:

MICARELLO, H. Avaliação e transições na educação infantil. Portal MEC: 2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=&gid=6671&option=com_docman&task=doc_download. Acesso em: 01 out. 2013.
BRASIL. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: SEF, 1998. 3.v