quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

MÚSICA NA EDUCAÇÃO: UM RECURSO A MAIS.


Relendo a postagem http://portfoliolisianenegreiros.blogspot.com/2016/10/musica-na-area-da-saude.ht observei uma escrita ampla da importância da música para as pessoas, no tempo da elaboração desse texto não possuía um conhecimento aprimorado da questão musical para a educação infantil e, hoje retomo o assunto para narrar a minha atual concepção sobre a musicalidade enquanto professora.

Compreendi que a música como linguagem cabe em qualquer lugar, a qualquer momento e não apenas em datas comemorativas ou momentos aleatórios,  sem objetivos e com movimentos repetidos e prontos, pois se assim continuasse me posicionando  estaria fazendo com meus alunos algo mecânico, sem sentido para eles. Tal postura afastaria  as verdadeiras vivências e possibilidades que a música proporciona: prazer, atenção, interação, através de jogos rítmicos, pequenos versos cantados, entre outros. É através da linguagem musical que a criança vivencia:  socialização, afetividade, aprendizagem, coordenação motora e expressão.

Das categorias acima apontadas destaco duas que mais se acentua quando trabalho música na educação infantil, são elas: Afetividade e Expressão, a primeira evidencia claramente as emoções das crianças que são múltiplas e diferenciadas e, nesse momento conseguimos captar os sentimentos individualizados do grupo. Enquanto a expressão corporal nos apresenta manifestação de ideias, o que o coração sente, a mente pensa, e o corpo deseja, logo, a música possui influência direta como meio facilitador, para não dizer bússola,  para a aprendizagem infantil.

Então, se utilizarmos  a música para a aprendizagem, em qualquer nível de escolarização, o processo de envolvimento e desenvolvimento  será natural  e prazeroso e, não algo maçante e massacrante, imposto aos alunos. Consequentemente, quando a educação é proporcionada de maneira tranquila leva criança á compreender/desenvolver as relações de socialização, autonomia, senso crítico, dicção, movimentos, linguagem, raciocínio lógico entre outros.

sábado, 19 de janeiro de 2019

RETOMADA DE REFLEXÃO


‘Convido a todos os colegas, por um instante, para refletirmos sobre nossa conduta como educadores. Afinal... é sempre bom nos avaliarmos, assim como fazemos com os nossos educandos”.

O convite acima foi lançado em 26/06/2016 numa postagem do blog  intitulada  “Vamos refletir”  https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6109726530448589034#editor/target=post;postID=2810612756518886482;onPublishedMenu=template;onClosedMenu=template;postNum=2;src=link . O texto trazia, entre outras,   as seguintes perguntas: Tratamos nossos alunos como de fato nos é ensinado na faculdade?  Sabemos ouvir nossas crianças?  Respeitamos seu ponto de vista? Desejos? Aflições? Talvez pelo cotidiano escolar ser tradicional e sermos exigidos a documentar, registrar e fotografar os alunos em suas atividades, nos preocupamos em olhar apenas para registrar e esquecendo de nos observar enquanto professora em sala de aula. Essa formalidade possui uma dificuldade cotidiana, ou seja, como achar o equilíbrio? Até que ponto essa preocupação em documentar para colocar no portfólio é saudável para ambos o lados?
Apesar de continuar em busca desse equilíbrio, que  é algo constante, há algo mais importante na relação entre professor e alunos, ou seja, quanto  as nossas expectativas em relação a criança deve ser flexível, na medida que nosso papel deve ser de ouvinte, observador e de alguém que busca compreender as estratégias que a criança desenvolver para aprender, de fato todos possui uma forma de desenvolver seu conhecimento, o que as crianças expressam em seu diálogo de modo que o professor possa capta tal ideia e lançar de volta ao aluno como de forma de desafio, proporcionando que  a aprendizagem se torne interessante e curiosa, assim: “ o papel do professor centraliza-se na provocação de oportunidades de descobertas, através de uma espécie de facilitação, de ação conjunta e da coconstrução do conhecimento pela criança. [...] o professor auxilia mesmo quando as crianças menores aprendem a ouvir outros.” (EDWARDS, GARDINI & FORMAN, 2016, P. 153). Contudo, fazer tal intervenção não é algo fácil e,  saber como e onde se fazer presente é algo que vai depender de uma análise  do momento, por isso que é mais importante o professor estar mais preocupado em observar a turma do que fotografar momentos que o próprio julga "fofo", sem uma importância real sobre o ato daquela criança.
Aqui propus uma reflexão em relação a nossa preocupação eM registrar tudo que o aluno faz, muitas vezes sem delimitar uma área para atuarmos. Tal anseio prejudica ambos os lados a  medida que o professor perder a oportunidade de ouvir as questões ou argumentos da criança e, sem  o auxílio daquele empobrece a produção de conhecimentos entre eles, pois a dúvida de uma criança pode levar outras a explorar territórios jamais imaginados ou percorridos. Em suma, “um professor não deve intervir muito e, ainda assim, não deve deixar passar um momento precioso para o ensino” (EDWARDS, GARDINI & FORMAN, 2016, P. 157).
Referencia: EDWARDS, Carollyn; GANDINI, Lella; FORMAN, George. As cem linguagens da criança – abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Vol. 1, Ed. Penso, 2016

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

DÚVIDAS SANADAS


Relendo uma postagem na interdisciplina de alfabetização em 15/09/15  http://portfoliolisianenegreiros.blogspot.com/search/label/ALFABETIZA%C3%87%C3%83O lancei algumas dúvidas que até então não sabia como responder, tais como manter um ambiente desafiador e motivacional para meus alunos dentro de um universo escolar múltiplos de problemas. Naquela fase dos meus conhecimentos sabia apontar as dificuldades, porém  meios para sanar ou amenizar as mesmas, ainda não dominava.
Hoje retomo a escrita de tal texto, mas com outras perspectivas, oriundas dos avanços nos estudos. Atualmente  tenho a posição de que, o olhar observador,  reflexivo e crítico em relação as nossas  condutas faz toda a diferença em nosso trabalho, embora essas qualidades vigiadas constantemente, ainda nos pegam em erros.

Defendo a postura que o  aluno deve ser desafiado/motivado, para que deseje o saber, e uma forma de criar este interesse é dar a ele a possibilidade de descobrir... de querer saber sempre! E algo acrescentou e respondeu minhas indagações de outrora fundadas na seguinte afirmação “tem a ver, acima de tudo, com a formação  de pessoas capazes de evoluir, de aprender de acordo com a experiência , refletindo sobre o que gostariam de fazer,  sobre o que realmente fizeram e sobre o resultado de tudo isso”. (PERRENOUD, 2002, P. 17).

Analisando o texto escrito 2015 observo que até então não havia me despido da identidade de estudante, onde havia muitas dúvidas e poucas respostas, ainda que nenhuma afirmação seja definitiva, hoje começo a me despir da personalidade de estudante para adotar uma postura de profissional responsável  perante os educandos. Antes  afirmava  minha preocupação  nas  crianças que  tinham mais necessidades de afeto do que conhecimento, atualmente percebo que ambos podem estar atrelado um ao outro na medida que proporcionarmos um ambiente de partilha, contribuições e de respeito na forma como pensam, comunicam e reagem em sala de aula, também faz se necessário a criação de ambientes para que todos possam expressar  seus medos, anseios e emoções. 

A nova profissional que surge já consegue medir a distância entre o que imaginava ser real para ser professora e o que vivenciou nas experiências acadêmicas, não sendo mais possível afirmar que um dia estarei pronta e acabada para exercer o ofício, pois não há uma garantia de que seremos bons professores – educar é uma arte e, como tal, precisa de constante aperfeiçoamento.


fonte:
 PERRENOUD. Philippe. A prática reflexiva no ofício de professor: profissionalização e razão pedagógica. ed. Artmed, 2002