domingo, 18 de dezembro de 2016

Grupo de estudos

Conhecimento  pelo simples de realizar descobertas
O que aprendi com o professor Crediné:

Avançar no conhecimento requer a necessidade de debates entre  profissionais, tais grupos de estudo podem avançar em seus projetos sem a preocupação de chegar a uma conclusão, mas com o simples finalidade de construção do saber, este valorado para quem o escolhe. Conhecimento sem interesse, mas pelo puro prazer de realizar descobertas.

O fazer cooperativo, através da rede de aprendizagem, cada um precisa da interação dos demais para haver crescimento, pois é ferramenta de mudanças relevantes entre os professores e demais profissionais aferindo a possibilidade de troca de conhecimentos com o mundo todo.

Nossa questão de investigação não foi dada pelo professor, mas focada no interesse individual das alunas e as questões escolhidas foram amplas, ao mesmo tempo, uma dúvida levou à outras incertezas.... sendo suscetível a abertura de outras portas para os novos conhecimentos, seja ele valorado para terceiros ou não. Afinal, o saber inútil tem seu valor, também, inestimável.

Estudar um tema não necessariamente requer, ao final, uma resposta definitiva, mas valorar o conhecimento de onde cheguei. 



O desafio!!!

Fico impressionada ao me deparar com as dificuldades em planejar as atividades de Matemática. ora penso que é uma rejeição, bloqueio,ora acho que seja apenas um desconforto meu, melhor, falta de prática. Abrir várias vezes a interdisciplina para a ler, fico pensativa na frete do notebook ... e digo para eu mesmo: volto depois! Nada verdade nada mais é que "empurrar com a barriga," pois não quero fazer por me incomodar demais, tenho a sensação que minha cabeça pesa e o pensamento fica confuso.


Pois bem!!



Tudo isso são reflexos de uma Matemática mau apresentada e aplicada quando era criança,de forma tortuosa. Sabia que só sobreviveria  a esse massacre contando nos dedos das mãos e do pés  sentindo o movimentos dos mesmos. Agora, levantei cedo e não procurei desculpas para  sentar na frente do computador e fazer as tarefas a qualquer custo,  mas toda essa preparação já havia sido mentalizada a mais de uma semana.

É impressionante o bloqueio que tenho, mas se por um lado me causou um trauma, por outro fiquei pensando em como é para uma criança aprender Matemática de forma sólida e coerente? Refletir que posso aplicar aos meus pequenos alunos de forma prazerosa, mas tendo o cuidado de observar com delicadeza esse processo tornando o mais real possível para seu mundo em construção. 


O desafio é pontuado em como apresentar tal conteúdo de forma desafiadora e que estimulem os alunos  realizarem descobertas, identificar relações e a desenvolver o gosto pela Matemática tao fundamental para seu desenvolvimento.

MEU PRIMEIRO EXPERIMENTO

Bolsa Mágica



Registro do experimento:

"parece uma bomba!"

"vou ficar molhado e vou secar com papel toalha!"

"vai estourar água em todo mundo!"




Em seguida cada aluno pode pegar um lápis para furar a bolsa de água. Uns demostraram segurança, outros com medo de se se molharem... mas, no geral, ficaram todos ansiosos em realizar o experimento.

Observe o aluno abaixo:



Ficou  certo tempo tentando furar o saco com água, tentou, tentou, e...nada! Então parou e ficou observando seu lápis, em seguida, percebendo  que segurava o  objeto ao contrário,  disse:
“ profê, para furar tem que  ter ponta!”


Voltamos para sala de aula  para conversamos sobre nossa experiência, eis algumas de suas colocações:


- gostei porque “tava” furando o saco e água não saiu!
- o  saco só furava quando o lápis tinha ponta!
- eu furei um saco com água e não saiu água!
- a ponta era muito pequena para estourar água em todo mundo, por isso o saco não explodiu!
- para estourar o lápis tem que ter uma ponta grande!
- uma camisinha, não de roupa, mas aquele que enche na boca daria para fazer. Eu que tive essa ideia!





 No inicio todos ficaram assustados com a possibilidade do saco plástico arrebentar. Uns não queriam ficar perto, outros, pela curiosidade, ficaram bem próximos. Após demonstrar  para eles que sua desconfiança não era real, eles se juntaram mais perto e pediram para realizar o experimento. Ofereci lápis para cada aluno fazer  sozinho  - todos ficaram saltitantes.


Ao terminar atividade  percebi que  a resposta do nosso experimento, para eles, estava  na ponta do lápis que era pequena, por isso não arrebentou o saco. Quanto a caneta esta não furava o saco por que não possui ponta igual a do lápis.

Meu primeiro experimento de Ciências com meus alunos foi angustiante para elaborar,  pois pensava que a turma não iria acompanhar ou responder a altura da minha expectativa. Confesso que relutei em elaborar a aula por diversas vezes,.... até que chegou o inadiável momento. Entrei em sala de aula apreensiva, pois iria aplicar o tema sozinha em  uma sala com  17 alunos.

Para minha realização de professora a aula foi um sucesso estrondoso e percebi que a insegurança, o desconforto não era oriundo das crianças, apenas meu. Eu que havia elaborado um pré julgamento daquilo que nunca havia feito com  eles. 

Assim compartilho com meus colegas a rica aula de Ciências para, mais uma vez, enchermos  de coragem para sairmos da zona de conforto e encarar o novo, embora, de inicio, vá parecer desconfortável para nós.


Explicações do experimento:

Isso acontece porque quando o saco plástico está cheio de água, suas moléculas de polietileno, ao serem quebradas, se aproximam, “apertando” os lápis. http://www.fatosdesconhecidos.com.br/7-experimentos-simples-que-voce-mesmo-pode-fazer-para-surpreender-todo-mundo/

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

SÍNTESE REFLEXIVA 2016/1

Essa síntese tem como objetivo refletir como a aprendizagem do Eixo III teve influência na forma de trabalhar com meus alunos, bem como o que vir, ouvir, participei, escrevi  e pensei, destacando para tanto o que foi mais importante para a minha aprendizagem pessoal e profissional. Como não houve possibilidade de todos os colegas e professores estarem  presentes no Workshop 2016/1 essa postagem tem o objetivo de compartilhar com todos novos conhecimentos, bem como, a troca de experiências.



Ludicidade e Educação: cooperação, autonomia e reciprocidade:

Não importa como a criança brinca, mas que brinque.


Baseado no texto Brincar é Coisa Séria de Melinda Wemer (2011) conclui-se que, ao brincar, as crianças criam capacidade de criar soluções para os seus conflitos do cotidiano, servindo para consolá-las. Assim enfrentará de forma mais descontraída e com menor ansiedade os riscos do cotidiano.

 O brincar de faz-de-conta na idade pré-escolar é a principal atividade da criança nesse estágio, porque é por meio dela que se formam as competências mais importantes: autocontrole, relação social na qual se insere, conflitos... Além de desafiar o desenvolvimento do cérebro e a capacidade de seguir regras pré- determinadas. O brincar é desafiador e exercita a capacidade de lidar com o inusitado.


A falta do brincar pode produzir adultos desajustados e infelizes. As brincadeiras livres são fundamentais para a adaptação social, controla o estresse, ajuda na construção cognitiva, capacidade para resolver problemas, além de ajudar na sobrevivência da espécie.

Sabemos que brincar ajuda na resolução de conflitos e na desconstrução de bloqueios emocionais, assim não podemos lançar brincadeiras aleatoriamente aos nossos alunos. De acordo com os autores Therezinha Vieira, Alysson Carvalho e Elizabeth Martins, o texto Concepções de Brincar na Psicologia, publicado na página 47, no ano de 2005 estabelece que ao propormos brincadeiras, precisamos ofertar para as crianças um ambiente afetivo e seguro, ”...pois para brincar a criança precisa se sentir em segurança e relaxada...”. Planejar é fundamental até porque nos permitirá fazer uma avaliação posterior sobre o válido, se falharmos e o que podemos melhorar. Para saber se uma experiência foi valorada devemos observar:

1. Planejamento flexível para atender as necessidades dos alunos;
2. Avaliar o proposito da criança, bem como o interesse e envolvimento da turma;
3. Importância do conteúdo;
4. Valor da experiência para o desenvolvimento e aprendizagem da criança.
5. A parceria do professor deve ter o objetivo de enriquecê-la e não como imposição do brincar do adulto sobre a criança.

  Ao brincar, as crianças colocam em cena seus desejos, elas constroem vínculos com esses objetos e estabelecem relações de posse refletindo sobre si mesmas e descobrindo como reagir em situações que vão reproduzir ao longo da sua vida no convívio social. Brincar é o jeito de a criança entender e se integrar ao mundo. É também um componente essencial à formação da atividade intelectual dos pequenos.


 A atividade lúdica deve ser presente tanto no ambiente escolar como em casa, assim proporcionará um desenvolvimento completo que envolverá socialização, desenvolvimento moral e construção cognitiva.  De acordo com o artigo publicado por Márcio Ferrari na revista Nova Escola, pág 57 no ano de 2006, Friedrich Froebel era considerado o educador das crianças pequenas e tido como o criador dos jardins-de-infância defendia uma educação sem obrigações para as crianças, que, para ele, aprendiam conforme seus interesses e por meio da prática.

“... para ele, as brincadeiras são o primeiro recurso no caminho rumo à aprendizagem. Não são apenas diversões, mas um modo de criar representações do mundo concreto com a finalidade de entendê-lo.”

A criança e o brinquedo:

Ao ler os textos de Ludicidade que falam sobre o brincar e a importância do brinquedo para o infanto descobrir que devemos ter cautela ao nos deparar com uma criança que tem certa dificuldade em largar seu brinquedo, seja ao chegar na sala de aula ou durante o período de aula. Certamente ela demonstra sentimentos por esse objeto e isso deve ser levado em consideração na hora de se fazer a separação, por mais que seja necessária para aquele momento.
É notório que está representando situações de vida que será do seu cotidiano, por isso o brinquedo é necessário  à vida social da criança e do jovem, facilitando o desenvolvimento intelectual e físico.






Musica na escola: musicalidade e práticas musicais na escola
Qual é o papel da música em nossas vidas?
É simplesmente o de nos emocionar.

 “... A música contribui para o desenvolvimento integral da criança nas suas dimensões afetiva, cognitiva, motora e social. Ela provoca sentimentos de bem-estar, organiza os movimentos, promove uma melhor interação, desenvolve a atenção e a concentração...”, de acordo com Leila Sugahara, (2014) Doutora e Mestre em Educação: Psicologia da Educação pela PUC-SP; e professora de Prática de Ensino e Supervisora de estágio no curso de Licenciatura em Música da Faculdade Cantareira.


Para Maria Betânia Parizzi (2006), o canto espontâneo das crianças de 0 a 6 anos é uma das mais importantes formas de expressão dela, tão significativa quanto o desenho, a gestualidade e o comportamento infantil. Próximo aos quatro anos de idade surge o canto espontâneo, a canção “imaginativa ou narrativa”, através da qual a criança conta suas próprias histórias. Aqui transcrevo uma canção elaborada por meu aluno que narra sua trajetória de vida de apenas 4 anos, publicada em meu blog Portfólio de aprendizagens.


Outro ponto que merece destaque é a confusão entre expressão corporal e imitação de gestos ao cantar para uma criança. A primeira é procurar dentro de si mesmo forma de expressar com o corpo os sentimentos, conceitos e impressões, estando implicadas vivências anteriores e a capacidade de representação. A imposição de modelo diminui a expressão corporal o que acarreta perda da expressividade e corremos o risco de passar para a criança a sensação  de que nada sabe e se acomodar aos modelos criados, gerando um circulo vicioso que faz o professor pensar que só copiando a criança vai aprender a se expressar. A tendência da criança é imitar incondicionalmente quem ela admira e gosta, tornando-se vulnerável à imposição de modelos de pressões e autoritarismo.

De acordo com as palavras da professora Leda Maffioletti (1998), pedir que a criança imite um modelo a sua frente, está longe de ser uma forma de ajudá-la a pensar ou desenvolver sua inteligência. É preciso que as imitações deixem espaço para pensar e criar meios próprios de expressão, caso contrário pode ser considerado um exercício mecânico. Alerta, ainda, que a escola desenvolve mecanismos disfarçados de comandos, para manter o controle do tempo e do espaço, e assim preservar a tradição de fazer-se obedecer.


Finalizo o tema musicalidade com a apresentação de um vídeo exibido no Fantástico no dia 24/07/2016 sobre um bebê que nasceu depois de quatro meses da morte cerebral da mãe e o hospital decidiu tentar o possível para que tivesse chance de vida, através de vários recursos, dentre eles a música. http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2016/07/bebe-nasce-depois-de-quase-quatro-meses-de-morte-cerebral-da-mae.html



Literatura Infanto Juvenil:

            Para nós educadores é importante a escolha dos livros

A leitura aprimora o ser humano enquanto sujeito leitor e é uma atividade decisiva na vida dos alunos, uma vez que permite a eles um discernimento do mundo e um posicionamento perante a realidade proporcionando questionamentos dos valores em circulação na sociedade e alargando os horizontes cognitivos do aluno/leitor. Destaco um apanhado de tópicos que resume os apontamentos principais da interdisciplinar.


1.    Cautela nas escolhas dos livros a serem trabalhados com os alunos, por isso a importância do professor conhecer um acervo literário diversificado e representativo.

  2.    A Literatura é uma excelente ferramenta para trabalhar a diversidade, sem expor limitações ou gêneros  como dificuldades.

    3.    A leitura possui a capacidade de transformar, aceitar o próximo em suas diferenças,  possibilita a humanização de quem a pratica  e contribuir para uma sociedade melhor.

   4.    Conduz o aluno leitor melhor compreensão do mundo e o que acontece ao seu redor.

  5.    A literatura deve ser apresentada de forma prazerosa,
jamais imposta e respeitando a interpretação do aluno, pois esta de dará em cima das
experiências de vida pessoal dele.

6.    Trabalha o imaginário e permite que a criança tenha contato com outras realidades.


LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais

Uma diferença e não deficiência!

A comunicação é fator indispensável para o desenvolvimento do ser humano. É possível  a formação de escolas bilíngues como forma de acesso de uma cultura para outra, abrindo novas possibilidades. Outro fator preponderante: as crianças aprendem rápido a língua de sinais, seja ela surda ou não, o próprio ambiente escolar  lhe favorecerá.

 Surdos tem direito a um intérprete em todos os segmentos sociais bem como um atendimento que contemple sua condição considerando o fator língua, no entanto, existem muitas dúvidas que envolvem a inclusão de surdos e  LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais., exemplo, profissionais de várias áreas de atuação não se sentem preparados para desenvolver um trabalho que atenda a pessoas com surdez.

Temos muito a caminhar, pois possuem um histórico de exclusão que justifica o surgimento de legislações. “Permitir” ao diferente que compartilhe de todos os espaços significa: mudar, flexibilizar, preparar para receber, tornar possível. Entender a inclusão de Surdos equivale reconhecer uma diferença e não deficiência. Diferença de cultura resultante da língua diferente. Uma diferença que se não for aceita e compreendida leva à segregação.


Seminário Integrador III

Evolução na escrita

Já posso afirmar que evoluímos e acredito que os exercícios realizados nas aulas vieram fortalecer, mais ainda, esse instrumento tão interessante de avaliação. Falo isso porque concluir, nos últimos dias, que para redigir tenho que desenvolver mais o hábito da leitura, assim estarei mais informada, por conseguinte, minha argumentação será  fortalecida.

 Outra preocupação que cresceu foi procurar fazer sempre um paralelo entre os assuntos abordados no curso com a prática diária, em que evoluir, o que discordo, bem como temas que ainda tenho posicionamentos não muito seguros.
Foram explanações importantíssimas para o meu Blog crescer. Uma boa alternativa foi seguir as dicas que nos orientam para uma boa redação, ou seja, começo, meio e fim, uma boa escrita evitando erros ortográficos, de construção e que a escrita seja coerentes e coesas..." 


Encerro meu texto com  as seguintes conclusões:

1.         escrever de forma objetiva e clara, para que o próximo possa entender  o que se deseja transmitir.
2.         argumentação fundamentada, para tanto, o segredo é manter-se bem informado.
3.         expor as opiniões de forma sutil e  o ponto de vista de forma clara.
4.         indicar quais os pontos negativos de determinado assunto, apontar as qualidades também, mas sempre de forma verdadeira e cautelosa.
5.         utilizar bem o português.
6.         ler bastante é a melhor forma de melhorar a escrita, vocabulário e relacionar as ideias.





finalizando....
Faça com ENTUSIASMO !
a DEDICAÇÃO  e o ENTUSIASMO é o combustível para a CRIATIVIDADE!!




REFERENCIAS:

Werner, Melinda. Brincar é coisa séria. Mente Célebre. São Paulo: Ediouro Dueto Editorial Ltda. Ano XVIII, n 126, Jan/2011 (pp: 26-35).

Vieira Therezinha; Carvalho, Alysson; Martins, Elizabeth. Concepções do brincar na Psicologia, org. Brincar (es) Belo Horizonte, editora UFMG: Pró-Reitoria de Extensão/UFMH, 2005, página 47.

FERRARI, márcio O educador das crianças pequenas - Friedrich Froebel. – Revista Nova Escola/2006 pág. 57.

 Blog da Andi, publicado em 18/02/2014 por Sugahara, Leila Doutora e Mestre em Educação: Psicologia da Educação pela PUC-SP; e professora de Prática de Ensino e Supervisora de estágio no curso de Licenciatura em  Música da Faculdade Cantareira. http://blog.andi.org.br/o-papel-da-musica-na-formacao-escolar-da-crianca

Parizzi, Maria Betânia. Texto O canto espontâneo da criança de zero a seis anos – dos balbucios às canções transcendentes. (2006)

Blog Portfólio de aprendizagens: Lisiane Negreiros, publicado por Lisiane Negreiros no dia 16/04/2016  http://portfoliolisianenegreiros.blogspot.com.br/

Maffioletti, Leda A. e outros Práticas musicais na Escola Infantil, Porto Alegre UFRGS/Gov. do Estado do RS, 1998, pp 111-122.

Fantástico, exibido em 24/07/16. Bebê nasce depois de quatro meses da morte cerebral da mãe. http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2016/07/bebe-nasce-depois-de-quase-quatro-meses-de-morte-cerebral-da-mae.html



A CONDUTA DO PROFESSOR

Inicio meu texto com a colocação, fabulosa, do professor de Ciências José Francisco Flores:

"... permanente vigilância na nossa conduta como professor, porque não temos como medir a consequência de nossas palavras, gestos e olhar que lançamos sobre uma criança. Por isso, temos o dever de sermos vigilantes todo o tempo..."

PROFESSOR X VALORES

PROFESSOR:  Atitudes coerentes  com o que faço. O descuido e o imprevisto também acontece por parte do aluno e ao abordamos tais falhas devemos realizar de forma humilde, com bom senso e tolerância, ainda mais quando falamos em educação Infantil, onde encontramos seres em formação e estamos comprometidos ao mundo dessas crianças. Um professor arrogante é desestimulante, frustante no processo de aprendizagem para qualquer fase do educando, enquanto aquele mestre amoroso e de bom senso consegue despertar no aluno o interesse pelo saber. E essa relação de amizade que possibilitará   a caminhada  do aprender e ensinar  juntos, digamos, uma "troca de figurinhas".

VALORES: Sublimes e intrínsecos do ser humano. Quando digo valores não é com o intuito de elencar sem flexibilizar, mas no sentido que existem de forma objetiva, subjetiva e intersubjetiva, pois os valores existem só que compreendidos de acordo com a vivência de cada um. Sendo assim, como um professor deve portar-se diante de crianças com formações múltiplas sem os humilhar, violar ou até mesmo engessar o conhecimento prévio desses alunos?

Despindo-se de seus valores e condutas que julga inviolável, aberto a novas experiências, conhecimentos  e conceitos, seja no campo pessoal como profissional, ainda, assimilar que lecionar é uma relação de troca, onde todos, sem exceção, tem algo à contribuir.

Quando rotulamos um aluno estamos cerceando o direito de aprender e estamos frustados com a nossa capacidade enquanto profissional, afinal todos sabem e aprendem algo. Mensurar é ir na contramão do ato de educar! Contudo, outro valor está sendo ceifado para ambos: A esperança que faz parte desse processo formador educacional.



O bom senso, amor, carinho e a forma como tratamos nossos alunos
 é o caminho para obtemos êxito na aprendizagem.




Minha vivência em sala de aula vai ao encontro das palavras do professor José Francisco ao desempenharmos função social na  formação desses  cidadãos e que muitas vezes somos  exemplos. Contudo, devemos respeitar as relações sociais onde estão inseridos, modo de agir, pensar e de relacionar-se com os demais membros.

Para quem tiver mais interesse  sugiro o artigo da autora Fernanda Dorneles Vargas, da qual foi oportuna  fonte de pesquisa para o tema acima escrito. Vale ressaltar que o texto consiste em uma leitura clara,  objetiva e de muito bom senso.

http://www.pedagogia.com.br/artigos/posturadoprofessor/index.php?pagina=3

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

NOSSOS PEQUENOS CIENTISTAS

Abro meu texto com as palavras de um dos 3 cientistas britânicos indicados ao Nobel de Física anunciado em  Estocolmo, Suécia em 04/10/16. Embora as pesquisas de Física são complexas, para quem não é do ramo, uma frase chamou minha atenção ao assistir a matéria dos cientistas, em especial a do Físico F. Duncan M. Heldane, transcrevo:

"... as vezes você não tem a meta de descobrir algo,apenas tropeça em uma novidade e nem percebe de imediato o valor dela."

Semana passada montamos em nossa escola o corredor sensorial, cujo objetivo era proporcionar as crianças descobertas e sensações até então desconhecidas ou até mesmo pouco exploradas. A criança é como uma esponja e capta tudo o que lhe é apresentado, assim levei meus pequenos para esse corredor e fiquei apenas observando  a reação de cada um... por alguns instantes fiz descobertas de destrezas e curiosidades que, até então, não havia identificado em alguns alunos.



A sensação de êxtase foi contagiante, afinal o corredor sensorial não era uma novidade para mim, mas aos meus alunos que descoberta! Percebi naquele momento o qual fora importante para eles a visita a esse ambiente e o valor imediato que eles tiveram, e eu, apenas observando suas fisionomias. Não tinha a meta de descobrir algo em relação a eles, apenas de permitir um momento lúdico para sentirem sensações. Porém foram curiosos em suas indagações e apreciações fazendo valer que nossos pequenos necessitam de estímulos para aprender através da curiosidade e esse é o caminho para formamos no futuro  grandes cientistaS como o que mencionei no início do texto.




Tropecei em um novidade  da qual posso me valer para a elaboração de muitos projetos de aula e instigar meus alunos para o conhecimento. Desse ambiente ficou a conclusão de uma fonte inesgotável de trabalho com meus pequenos.

MÚSICA: MILAGRE EM PORTUGAL


 Há  inúmeras experiências na área de saúde, trabalhos em hospitais que utilizam a música como elemento fundamental para o controle da ansiedade dos pacientes. A origem deste trabalho remonta à 2a. Guerra Mundial, quando músicos foram contratados para auxiliar na recuperação de veteranos de guerra por hospitais norte-americanos. 



Pode-se afirmar que esse foi um grande impulso para a área de musicoterapia, hoje com reconhecimento acadêmico consolidado. É cada vez mais comum a presença da música nestes locais, seja para diminuir a sensação de dor em pacientes depois de uma cirurgia, junto a mulheres em trabalho de parto (para estimular as contrações) ou na estimulação de pacientes com dano cerebral. Nesse sentido, não é exagero afirmar que os efeitos da música sobre os sentimentos humanos estão, cada vez mais, migrando da sabedoria popular para o reconhecimento científico.


Com o intuito de fortalecer os conhecimentos obtidos na interdisciplina de Música apresento um vídeo exibido no Fantástico no dia 24/07/2016 sobre um bebê que nasceu depois de quatro meses da morte cerebral da mãe e o hospital decidiu tentar o possível para que tivesse chance de vida, através de vários recursos, dentre eles a música, tal relato é considerado pela medicina como um verdadeiro milagre graças ao uso da Música em todo período gestacional do bebê.









PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Antes de começar a discorrer sobre o tema penso ser oportuno explicar o  significado da palavra PROJETOEsta é uma palavra oriunda do termo em latim projectum que significa “algo lançado à frente”.

 Substantivo masculino
  1. 1.
    desejo, intenção de fazer ou realizar (algo) no futuro; plano.
  2. 2.
    descrição escrita e detalhada de um empreendimento a ser realizado; plano, delineamento, esquema.

O surgimento de projetos remonta do Renascimento em Florença com o intuito de evitar erros. No Iluminismo surge a necessidade da discussão de projetos sociais com a finalidade  de viver melhor o futuro, isto é, antecipações metódicas que evitariam a tentativa de erro.

Diante dessa breve introdução começo a relatar uma afirmação que me incomodou no ambiente escolar. Tal assertiva ocorreu após reunião com os pais dos alunos o qual foi indagado sobre a construção do P.P.P. (Projeto Político Pedagógico) da nossa escola e quais as mudanças que se faziam necessárias. Após vários relatos desses pais, dois chamaram a minha atenção: Primeiro sobre o horário de funcionamento (8:00 às 17:00 horas). Justificaram que nenhum comércio local fecha as 17:00, mas 17:30, logo o horário escolar necessitava ser estendido por 30 minutos. Segundo apontamento é a questão do emblema da escola conter a cor rosa, essa descrita por um pai, como predominante, contudo farei uma postagem a parte.

Questionei o apontamento desses progenitores para alguém da direção escolar e  para minha surpresa ouvi a seguinte afirmação: Quanto ao horário, este não poderia sofrer alteração porque o ensino municipal de Educação Infantil funciona em rede e todas as escolas seguem o mesmo padrão, exceto se toda rede mudasse poderia haver alteração.

Descontente fui pesquisar sobre o tema para desconstruir esse pensamento ultrapassado, e é através da leitura que contra-argumento  tal posição. O objetivo desse texto é a construção de uma  visão crítica à educação convencional, modelo imposto para todos sem observar e tão pouco dar ênfase no cuidado como o atendimento às necessidades infantis - no caso acima a necessidade dessa comunidade escolar ter um horário diferenciado de 30 minutos para alcançar o tempo de trabalho dos pais. O foco do P.P.P. é a vida em comunidade e a resolução de seus problemas emergentes na mesma.

Todos nós temos dúvidas e necessidades, daí a carência de experimentar o novo  e inovar para então decidirmos a favor ou não de um horário escolar. 

Falo em P.P.P. não como a mesma ideia que a Escola Nova o fez, mas uma nova roupagem de quebrar o marasmo da escola tradicional, com o compromisso  de transformar e atender as necessidades da comunidade escolar. Respeitando as característica dos alunos,a diversidade, contexto sócio-histórico, incluindo aqui, o horário de trabalho dos pais que depende primordial do atendimento escolar.Daí a importância de ouvir a comunidade escolar na elaboração, baseado na afirmação de Vygostky: o conhecimento é conteúdo socialmente entre os sujeitos. Não só a escola, mas todo ambiente ensina e aprende, isso é criar a cultura.

Onde está pesquisado, fundamentado que a escola deve obrigatoriamente funcionar da 8:00 ás 17:00 para todo município de Torres, sem falar que se trata de local de  veraneio. A verdade, não é absoluta, ela é construída e histórica, assim,  finalizo transcrevendo as palavras das autoras Maria Carmen Silveira Barbosa e Maria da Graça Souza Horn em seu livro Projetos Pedagógicos na Educação Infantil, página 24.

  " ... introduzir na escola de educação infantil um currículo apenas disciplinar, ou somente continuar mantendo-o,é seguir na contramão da construção do conhecimento cientifico que neste momento realiza uma relação sistêmica..."

Concluo , que a construção de um P.P.P.  só será significativo se a sua elaboração objetivar atender as necessidades da comunidade escolar inserida, respeitando o contexto histórico-cultural . Ainda, temos que vê à frente as situações da educação, elaborando nas possíveis questões que virão pela frente, ao contrário,o nosso P.P.P. corre o risco de nascer ultrapassado.