domingo, 18 de dezembro de 2016

Grupo de estudos

Conhecimento  pelo simples de realizar descobertas
O que aprendi com o professor Crediné:

Avançar no conhecimento requer a necessidade de debates entre  profissionais, tais grupos de estudo podem avançar em seus projetos sem a preocupação de chegar a uma conclusão, mas com o simples finalidade de construção do saber, este valorado para quem o escolhe. Conhecimento sem interesse, mas pelo puro prazer de realizar descobertas.

O fazer cooperativo, através da rede de aprendizagem, cada um precisa da interação dos demais para haver crescimento, pois é ferramenta de mudanças relevantes entre os professores e demais profissionais aferindo a possibilidade de troca de conhecimentos com o mundo todo.

Nossa questão de investigação não foi dada pelo professor, mas focada no interesse individual das alunas e as questões escolhidas foram amplas, ao mesmo tempo, uma dúvida levou à outras incertezas.... sendo suscetível a abertura de outras portas para os novos conhecimentos, seja ele valorado para terceiros ou não. Afinal, o saber inútil tem seu valor, também, inestimável.

Estudar um tema não necessariamente requer, ao final, uma resposta definitiva, mas valorar o conhecimento de onde cheguei. 



O desafio!!!

Fico impressionada ao me deparar com as dificuldades em planejar as atividades de Matemática. ora penso que é uma rejeição, bloqueio,ora acho que seja apenas um desconforto meu, melhor, falta de prática. Abrir várias vezes a interdisciplina para a ler, fico pensativa na frete do notebook ... e digo para eu mesmo: volto depois! Nada verdade nada mais é que "empurrar com a barriga," pois não quero fazer por me incomodar demais, tenho a sensação que minha cabeça pesa e o pensamento fica confuso.


Pois bem!!



Tudo isso são reflexos de uma Matemática mau apresentada e aplicada quando era criança,de forma tortuosa. Sabia que só sobreviveria  a esse massacre contando nos dedos das mãos e do pés  sentindo o movimentos dos mesmos. Agora, levantei cedo e não procurei desculpas para  sentar na frente do computador e fazer as tarefas a qualquer custo,  mas toda essa preparação já havia sido mentalizada a mais de uma semana.

É impressionante o bloqueio que tenho, mas se por um lado me causou um trauma, por outro fiquei pensando em como é para uma criança aprender Matemática de forma sólida e coerente? Refletir que posso aplicar aos meus pequenos alunos de forma prazerosa, mas tendo o cuidado de observar com delicadeza esse processo tornando o mais real possível para seu mundo em construção. 


O desafio é pontuado em como apresentar tal conteúdo de forma desafiadora e que estimulem os alunos  realizarem descobertas, identificar relações e a desenvolver o gosto pela Matemática tao fundamental para seu desenvolvimento.

MEU PRIMEIRO EXPERIMENTO

Bolsa Mágica



Registro do experimento:

"parece uma bomba!"

"vou ficar molhado e vou secar com papel toalha!"

"vai estourar água em todo mundo!"




Em seguida cada aluno pode pegar um lápis para furar a bolsa de água. Uns demostraram segurança, outros com medo de se se molharem... mas, no geral, ficaram todos ansiosos em realizar o experimento.

Observe o aluno abaixo:



Ficou  certo tempo tentando furar o saco com água, tentou, tentou, e...nada! Então parou e ficou observando seu lápis, em seguida, percebendo  que segurava o  objeto ao contrário,  disse:
“ profê, para furar tem que  ter ponta!”


Voltamos para sala de aula  para conversamos sobre nossa experiência, eis algumas de suas colocações:


- gostei porque “tava” furando o saco e água não saiu!
- o  saco só furava quando o lápis tinha ponta!
- eu furei um saco com água e não saiu água!
- a ponta era muito pequena para estourar água em todo mundo, por isso o saco não explodiu!
- para estourar o lápis tem que ter uma ponta grande!
- uma camisinha, não de roupa, mas aquele que enche na boca daria para fazer. Eu que tive essa ideia!





 No inicio todos ficaram assustados com a possibilidade do saco plástico arrebentar. Uns não queriam ficar perto, outros, pela curiosidade, ficaram bem próximos. Após demonstrar  para eles que sua desconfiança não era real, eles se juntaram mais perto e pediram para realizar o experimento. Ofereci lápis para cada aluno fazer  sozinho  - todos ficaram saltitantes.


Ao terminar atividade  percebi que  a resposta do nosso experimento, para eles, estava  na ponta do lápis que era pequena, por isso não arrebentou o saco. Quanto a caneta esta não furava o saco por que não possui ponta igual a do lápis.

Meu primeiro experimento de Ciências com meus alunos foi angustiante para elaborar,  pois pensava que a turma não iria acompanhar ou responder a altura da minha expectativa. Confesso que relutei em elaborar a aula por diversas vezes,.... até que chegou o inadiável momento. Entrei em sala de aula apreensiva, pois iria aplicar o tema sozinha em  uma sala com  17 alunos.

Para minha realização de professora a aula foi um sucesso estrondoso e percebi que a insegurança, o desconforto não era oriundo das crianças, apenas meu. Eu que havia elaborado um pré julgamento daquilo que nunca havia feito com  eles. 

Assim compartilho com meus colegas a rica aula de Ciências para, mais uma vez, enchermos  de coragem para sairmos da zona de conforto e encarar o novo, embora, de inicio, vá parecer desconfortável para nós.


Explicações do experimento:

Isso acontece porque quando o saco plástico está cheio de água, suas moléculas de polietileno, ao serem quebradas, se aproximam, “apertando” os lápis. http://www.fatosdesconhecidos.com.br/7-experimentos-simples-que-voce-mesmo-pode-fazer-para-surpreender-todo-mundo/