segunda-feira, 29 de julho de 2019

OBEDECER, UMA QUESTÃO AFETIVA.

Apos algumas releituras do texto Obediência, observei que suscitei as fases que a criança passa para alcançar um nível de compreensão mais elaborada em relação ao que lhe é solicitado, inclusive trazendo  os ensinamentos de Maria Montessori. Suscitei, no texto, as admirações dos pais contemplando seus filhos realizando feitos que no seus lares não realizam, nos indagando admirados:

- Profê, em casa ele não faz isso!! Como ele é obediente na escola!

Em termos epistemológico encontramos  a justificativa que é na primeira infância (0 a 5 anos) que as crianças constroem suas bases cognitivas, ou seja: moral,emocional, social. O desenvolvimento intelectual deve caminhar em conjunto - cognitivo e afetivo. Estando atento as esses quesitos a criança desenvolverá melhor, entre outras áreas, a vontade que se presume na obediência.

A obediência deve ser banida de medos, ameaças, punições ou moeda de troca, mas ser objeto de trabalho nas questões pedagógicas, que por sua vez suscitarão as questões sócios emocionais.

Atender aos pedidos do professor  estar atrelado as questões afetivas que esse  educador possui com seus alunos e, esse mesmo resultado deve ser estimulado entre as crianças, ou seja, estimular o carinho entre elas porque podem ensinar uma às outras, tendo reflexo na diminuição de conflito e aumentando a sociabilidade.

João Amos Komensky, que se tornou mais conhecido pelo seu nome latinizado Comenius – que abrasileiramos em Comênio há mais de 300, em sua obra Didática Magna, já mencionava a importância de um bom relacionamento entre educando e educador para o sucesso da aprendizagem.  – a importância da afetividade no processo educacional, temos que trazer e cativar o aluno, pois a educação se dá no mundo da convivência, bem como no interior do individuo e no principio da transferência.                              
                                         

fonte de leitura:

DOLL, Johannes; ROSA, Russel Teresinha Dutra da. A metodologia tem história. In: _______ (orgs.). Metodologia de Ensino em Foco: práticas e reflexões. Porto Alegre: UFRGS, 2004, p.26-29.

MONTESSORI, Lar. As crianças obedecem quem elas admiram. Disponível no endereço eletrônico https://larmontessori.com/2018/03/11/as-criancas-obedecem-quem-elas-admiram/ , acessado em 29 de julho de 2019.






domingo, 28 de julho de 2019

EDUCAÇÃO: O PERIGO QUE RONDA

As nossas escolas transformaram-se em fábricas enormes para a produção de robôs. Nós já não mandamos os nossos filhos para a escola para serem ensinados e para que lhes sejam dadas ferramentas para pensar; nem sequer para serem informados ou adquirirem conhecimentos, mas para serem "socializados" - o que, na semântica actual significa serem submetidos ao sistema e forçados a se conformar." Robert Lindner, (1956)
Robert M. Lindner (14 de maio de 1914 - 27 fevereiro de 1956) foi um escritor e psicólogo americano, mais conhecido como o autor do livro 1944 Rebelde Sem Causa https://pt.qwerty.wiki/wiki/Robert_M._Lindner , analisando sua frase, percebemos que em certos momentos da história avançamos no campo da Educação, porém o cenário atual nos deixa desejosos diante de tantas reformas atingindo o ensino brasileiro, cortes de verbas e incertezas diante de nossa economia. A conjuntura do momento é impactante para toda a sociedade, em especial, aos jovens em relação ao mercado de trabalho, este mais caótico, desemprego em massa e inflação. Nessa expectativa os membros mais novos das famílias, na grande maioria, terão que abandonar os estudos para contribuir no orçamento doméstico.
Após a  introdução passo a discorrer sobre posicionamentos já defendidos no texto escrita Escola e Realidade, porém aqui nessa escrita tenho a intenção de reescrevê-lo sob o julgo do nosso cenário político atual e o papel da escola nessa realidade. Falamos do cenário econômico e a  escola por sua vez onde estar o seu papel? Será que continua tenaz, em sua maioria, impondo certos modos de conduta como tornar dócil a consciência do aluno? Atendendo as exigências mercantis e com pouca preocupação ao desinteresse do estudante pelo conhecimento? Progredimos muito em ofertar um ensino de qualidade, mas temos muito a trilhar. 
A frase, embora do século passado nos convida para uma reflexão contemporânea e, respondendo os questionamentos acima precisamos nos manter vigilantes em nosso ofício com o objetivo de formamos cidadãos críticos, livres através do conhecimento, pois só este pode libertar. Toda prática educativa deve facilitar a (re)construção do conhecimento experiencial do aluno - ter sentido ao que se aprende.

sábado, 27 de julho de 2019

INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA


Fui pesquisar, nas escritas do blogue, algo que remetesse ao tempo que iniciei no Berçário II, com o intuito de relembrar quais os questionamentos que suscitava naquela época. Encontrei na publicação, Os bebês e as crianças pequenas (Pikler), uma sucessão de apontamentos de alguém que estava iniciando uma nova jornada em algo desconhecido naquela fase de estudante de Pedagogia. Por outro lado via a oportunidade de colocar em prática os novos conhecimentos que a faculdade estava me proporcionando aliado a responsabilidade de trabalhar com crianças bem pequenas, cujo seus universos estão em pleno vapor. 

Instintivamente trouxe para aquele texto, naquela época, duas palavras que até hoje são minha bússola: independência e autonomia. Contudo, hoje entendo, que já estava me referindo em algo que futuramente iria conhecer melhor: proporcionar a criança ser  protagonista no seu processo de conhecimento. 

A partir dessa caminhada muitas dúvidas sanaram e novas perguntas surgiram, que outrora não existiam, atualmente consigo traçar um caminho para ir buscar o que indago no meu cotidiano escolar, através de uma pedagogia de escuta, observação e reflexão. Esclarecendo de uma forma mais direta, quero dizer que hoje já consigo sinalizar que caminho percorrer para encontrar o inicio de algo que suscito, seja para a resolução de uma pergunta ou dúvidas, claro, que veementemente não teremos uma única resposta, e  se tivermos, esta não será inflexível. Assim,  uma proposta educativa de qualidade que permita atender as necessidades e especifidades dos bebês e das crianças pequenas, vem corroborar para a construção do senso crítico, investigativo e criativo das crianças bem pequenas, fazendo-as perceber que fazem parte do meio em que vivem, e isso, os bebês fazem com muita clareza, através de um olhar atento do educador. 













A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO



Quando escrevi o texto Projeto Pedagógico em Ação, 15 de maio de 2017, com dois anos e meio de curso trazia apenas, no texto, a noção de buscarmos o novo com mudanças, embora fosse assustador, mas se fazia necessário. Naquela época a ideia defendida era apenas para o primeiro projeto elaborado por mim,  logo, pensava que apenas caberia a ele esse tema. 

Retomando a leitura vi que não era bem assim e que tais afirmações se aplica a vida como um todo, sem exceção,  bem como as novas etapas que fui galgando ao longo do curso. Percebi, enquanto lia, que a escrita era uma espécie de analogia para o que estaria por vir. O tempo chegou, e hoje relendo,  embora uma escrita singela, mas repleta de reflexões para o momento que estou concluindo - o estágio.


Se outrora questionava o motivo de estudar Pedagogia, hoje analiso a relevância de se fazer o estágio. Logo, como base trouxe para dentro do planejamento semanal os ensinamentos da Pedagogia da Autonomia, apontados naquela minha primeira escrita e, ao coloca-lo em prática pude perceber em pormenores a sua importância frente aos alunos, e não mais, em um simples projeto, mas que deva ser presente no cotidiano da escola. 

O estágio oportunizou a reflexão com consciência, por conseguinte, despertou a consciência critica, refletindo em uma ação e, dessa ação a transformação. O estágio findou, mas o processo de construção, mudanças, esses são inacabados e perpétuos, pois as pessoas mudam de todas as formas, muda no contato com outras pessoas, porque além de inacabadas elas são incompletas. Toda essa caminhada do estágio oportunizou em um retomada de consciência do eu, o outro e o nós.







INCLUSÃO, APENAS UM DOS PASSOS!!

Realizando uma releitura da postagem Inclusão (15/05/2016) percebi que trazia alguns pontos importantes para ocorrer inclusão na sociedade, como: políticas governamentais comprometidas, conteúdos oportunizados de acordo com as necessidades e limitações do educando, autonomia para as instituições educacionais decidirem as prioridades na questão inclusão.

Atualmente, percebo que são pontos importantes, mas não suficientes para tratar o tema, ou seja, há apontamentos relevantes no tange a prática do dia a dia desses alunos, vejamos: 

Para iniciarmos, vejo importante diferenciar o que almejamos com os alunos especiais, independente do transtorno, necessidades especiais ou laudo, refletimos:

Integração: investe-se na possibilidade de indivíduos com deficiência frequentarem escolas comuns de ensino, cujo o currículo e método pedagógicos estão voltados para crianças “normais”.

Inclusão: muda-se o foco do individuo para a escola. Neste caso, é o sistema educacional e social que deve adaptar-se para receber a criança deficiente.

Para  adequar o ensino às necessidades do estudante com deficiência intelectual aponto para  a inevitabilidade de orientação aos professores, pois é a falta de conhecimento a respeito do tema  que o impedem de identificar corretamente as particularidades desses alunos. Demonstramos ou manifestamos, na maioria das vezes,  uma tendência em  centralizar nossas  preocupações em fatores pessoais como, medo e ansiedade frente à sintomatologia mais do que à criança em si.

Muitos  educadores resistem ao trabalho com crianças especiais  devido a temores em não saber lidar com elas – alias, um aspecto é a ideia distorcida que os professores tem sobre a deficiência intelectual, principalmente quanto à (in) capacidade de comunicação, e essas concepções parecem influenciar as pratica pedagógicas e as expectativas acerca da educabilidade  desses alunos. A dificuldade, em geral, dos professores se apresentam na forma de ansiedade e conflito ao lidar com o “diferente’. Um processo de inclusão mal sucedido pode aumentar os riscos de isolamento, rejeição dos pares e baixa quantidade de amizade.

Uma criança que apresenta deficiência, pode beneficiar-se das experiências sociais, e na medida em  que os conteúdos  vão sendo desenvolvidos e “aprendidos’ por esses alunos, torna-se possível a entrada de novos conteúdos. Em outra palavras, proporcionar à essas  crianças  oportunidades de conviver com outras da mesma faixa etária possibilita o estimulo às suas capacidades interativas, impedindo o isolamento contínuo. Fica evidente que crianças com desenvolvimento típico fornecem, entre outros aspectos, modelos de interação para as crianças especiais , ainda que a compreensão social desta última seja difícil. A interação com pares é a base para o desenvolvimento, como para o de qualquer outra criança.