quarta-feira, 2 de novembro de 2016

SÍNTESE REFLEXIVA 2016/1

Essa síntese tem como objetivo refletir como a aprendizagem do Eixo III teve influência na forma de trabalhar com meus alunos, bem como o que vir, ouvir, participei, escrevi  e pensei, destacando para tanto o que foi mais importante para a minha aprendizagem pessoal e profissional. Como não houve possibilidade de todos os colegas e professores estarem  presentes no Workshop 2016/1 essa postagem tem o objetivo de compartilhar com todos novos conhecimentos, bem como, a troca de experiências.



Ludicidade e Educação: cooperação, autonomia e reciprocidade:

Não importa como a criança brinca, mas que brinque.


Baseado no texto Brincar é Coisa Séria de Melinda Wemer (2011) conclui-se que, ao brincar, as crianças criam capacidade de criar soluções para os seus conflitos do cotidiano, servindo para consolá-las. Assim enfrentará de forma mais descontraída e com menor ansiedade os riscos do cotidiano.

 O brincar de faz-de-conta na idade pré-escolar é a principal atividade da criança nesse estágio, porque é por meio dela que se formam as competências mais importantes: autocontrole, relação social na qual se insere, conflitos... Além de desafiar o desenvolvimento do cérebro e a capacidade de seguir regras pré- determinadas. O brincar é desafiador e exercita a capacidade de lidar com o inusitado.


A falta do brincar pode produzir adultos desajustados e infelizes. As brincadeiras livres são fundamentais para a adaptação social, controla o estresse, ajuda na construção cognitiva, capacidade para resolver problemas, além de ajudar na sobrevivência da espécie.

Sabemos que brincar ajuda na resolução de conflitos e na desconstrução de bloqueios emocionais, assim não podemos lançar brincadeiras aleatoriamente aos nossos alunos. De acordo com os autores Therezinha Vieira, Alysson Carvalho e Elizabeth Martins, o texto Concepções de Brincar na Psicologia, publicado na página 47, no ano de 2005 estabelece que ao propormos brincadeiras, precisamos ofertar para as crianças um ambiente afetivo e seguro, ”...pois para brincar a criança precisa se sentir em segurança e relaxada...”. Planejar é fundamental até porque nos permitirá fazer uma avaliação posterior sobre o válido, se falharmos e o que podemos melhorar. Para saber se uma experiência foi valorada devemos observar:

1. Planejamento flexível para atender as necessidades dos alunos;
2. Avaliar o proposito da criança, bem como o interesse e envolvimento da turma;
3. Importância do conteúdo;
4. Valor da experiência para o desenvolvimento e aprendizagem da criança.
5. A parceria do professor deve ter o objetivo de enriquecê-la e não como imposição do brincar do adulto sobre a criança.

  Ao brincar, as crianças colocam em cena seus desejos, elas constroem vínculos com esses objetos e estabelecem relações de posse refletindo sobre si mesmas e descobrindo como reagir em situações que vão reproduzir ao longo da sua vida no convívio social. Brincar é o jeito de a criança entender e se integrar ao mundo. É também um componente essencial à formação da atividade intelectual dos pequenos.


 A atividade lúdica deve ser presente tanto no ambiente escolar como em casa, assim proporcionará um desenvolvimento completo que envolverá socialização, desenvolvimento moral e construção cognitiva.  De acordo com o artigo publicado por Márcio Ferrari na revista Nova Escola, pág 57 no ano de 2006, Friedrich Froebel era considerado o educador das crianças pequenas e tido como o criador dos jardins-de-infância defendia uma educação sem obrigações para as crianças, que, para ele, aprendiam conforme seus interesses e por meio da prática.

“... para ele, as brincadeiras são o primeiro recurso no caminho rumo à aprendizagem. Não são apenas diversões, mas um modo de criar representações do mundo concreto com a finalidade de entendê-lo.”

A criança e o brinquedo:

Ao ler os textos de Ludicidade que falam sobre o brincar e a importância do brinquedo para o infanto descobrir que devemos ter cautela ao nos deparar com uma criança que tem certa dificuldade em largar seu brinquedo, seja ao chegar na sala de aula ou durante o período de aula. Certamente ela demonstra sentimentos por esse objeto e isso deve ser levado em consideração na hora de se fazer a separação, por mais que seja necessária para aquele momento.
É notório que está representando situações de vida que será do seu cotidiano, por isso o brinquedo é necessário  à vida social da criança e do jovem, facilitando o desenvolvimento intelectual e físico.






Musica na escola: musicalidade e práticas musicais na escola
Qual é o papel da música em nossas vidas?
É simplesmente o de nos emocionar.

 “... A música contribui para o desenvolvimento integral da criança nas suas dimensões afetiva, cognitiva, motora e social. Ela provoca sentimentos de bem-estar, organiza os movimentos, promove uma melhor interação, desenvolve a atenção e a concentração...”, de acordo com Leila Sugahara, (2014) Doutora e Mestre em Educação: Psicologia da Educação pela PUC-SP; e professora de Prática de Ensino e Supervisora de estágio no curso de Licenciatura em Música da Faculdade Cantareira.


Para Maria Betânia Parizzi (2006), o canto espontâneo das crianças de 0 a 6 anos é uma das mais importantes formas de expressão dela, tão significativa quanto o desenho, a gestualidade e o comportamento infantil. Próximo aos quatro anos de idade surge o canto espontâneo, a canção “imaginativa ou narrativa”, através da qual a criança conta suas próprias histórias. Aqui transcrevo uma canção elaborada por meu aluno que narra sua trajetória de vida de apenas 4 anos, publicada em meu blog Portfólio de aprendizagens.


Outro ponto que merece destaque é a confusão entre expressão corporal e imitação de gestos ao cantar para uma criança. A primeira é procurar dentro de si mesmo forma de expressar com o corpo os sentimentos, conceitos e impressões, estando implicadas vivências anteriores e a capacidade de representação. A imposição de modelo diminui a expressão corporal o que acarreta perda da expressividade e corremos o risco de passar para a criança a sensação  de que nada sabe e se acomodar aos modelos criados, gerando um circulo vicioso que faz o professor pensar que só copiando a criança vai aprender a se expressar. A tendência da criança é imitar incondicionalmente quem ela admira e gosta, tornando-se vulnerável à imposição de modelos de pressões e autoritarismo.

De acordo com as palavras da professora Leda Maffioletti (1998), pedir que a criança imite um modelo a sua frente, está longe de ser uma forma de ajudá-la a pensar ou desenvolver sua inteligência. É preciso que as imitações deixem espaço para pensar e criar meios próprios de expressão, caso contrário pode ser considerado um exercício mecânico. Alerta, ainda, que a escola desenvolve mecanismos disfarçados de comandos, para manter o controle do tempo e do espaço, e assim preservar a tradição de fazer-se obedecer.


Finalizo o tema musicalidade com a apresentação de um vídeo exibido no Fantástico no dia 24/07/2016 sobre um bebê que nasceu depois de quatro meses da morte cerebral da mãe e o hospital decidiu tentar o possível para que tivesse chance de vida, através de vários recursos, dentre eles a música. http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2016/07/bebe-nasce-depois-de-quase-quatro-meses-de-morte-cerebral-da-mae.html



Literatura Infanto Juvenil:

            Para nós educadores é importante a escolha dos livros

A leitura aprimora o ser humano enquanto sujeito leitor e é uma atividade decisiva na vida dos alunos, uma vez que permite a eles um discernimento do mundo e um posicionamento perante a realidade proporcionando questionamentos dos valores em circulação na sociedade e alargando os horizontes cognitivos do aluno/leitor. Destaco um apanhado de tópicos que resume os apontamentos principais da interdisciplinar.


1.    Cautela nas escolhas dos livros a serem trabalhados com os alunos, por isso a importância do professor conhecer um acervo literário diversificado e representativo.

  2.    A Literatura é uma excelente ferramenta para trabalhar a diversidade, sem expor limitações ou gêneros  como dificuldades.

    3.    A leitura possui a capacidade de transformar, aceitar o próximo em suas diferenças,  possibilita a humanização de quem a pratica  e contribuir para uma sociedade melhor.

   4.    Conduz o aluno leitor melhor compreensão do mundo e o que acontece ao seu redor.

  5.    A literatura deve ser apresentada de forma prazerosa,
jamais imposta e respeitando a interpretação do aluno, pois esta de dará em cima das
experiências de vida pessoal dele.

6.    Trabalha o imaginário e permite que a criança tenha contato com outras realidades.


LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais

Uma diferença e não deficiência!

A comunicação é fator indispensável para o desenvolvimento do ser humano. É possível  a formação de escolas bilíngues como forma de acesso de uma cultura para outra, abrindo novas possibilidades. Outro fator preponderante: as crianças aprendem rápido a língua de sinais, seja ela surda ou não, o próprio ambiente escolar  lhe favorecerá.

 Surdos tem direito a um intérprete em todos os segmentos sociais bem como um atendimento que contemple sua condição considerando o fator língua, no entanto, existem muitas dúvidas que envolvem a inclusão de surdos e  LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais., exemplo, profissionais de várias áreas de atuação não se sentem preparados para desenvolver um trabalho que atenda a pessoas com surdez.

Temos muito a caminhar, pois possuem um histórico de exclusão que justifica o surgimento de legislações. “Permitir” ao diferente que compartilhe de todos os espaços significa: mudar, flexibilizar, preparar para receber, tornar possível. Entender a inclusão de Surdos equivale reconhecer uma diferença e não deficiência. Diferença de cultura resultante da língua diferente. Uma diferença que se não for aceita e compreendida leva à segregação.


Seminário Integrador III

Evolução na escrita

Já posso afirmar que evoluímos e acredito que os exercícios realizados nas aulas vieram fortalecer, mais ainda, esse instrumento tão interessante de avaliação. Falo isso porque concluir, nos últimos dias, que para redigir tenho que desenvolver mais o hábito da leitura, assim estarei mais informada, por conseguinte, minha argumentação será  fortalecida.

 Outra preocupação que cresceu foi procurar fazer sempre um paralelo entre os assuntos abordados no curso com a prática diária, em que evoluir, o que discordo, bem como temas que ainda tenho posicionamentos não muito seguros.
Foram explanações importantíssimas para o meu Blog crescer. Uma boa alternativa foi seguir as dicas que nos orientam para uma boa redação, ou seja, começo, meio e fim, uma boa escrita evitando erros ortográficos, de construção e que a escrita seja coerentes e coesas..." 


Encerro meu texto com  as seguintes conclusões:

1.         escrever de forma objetiva e clara, para que o próximo possa entender  o que se deseja transmitir.
2.         argumentação fundamentada, para tanto, o segredo é manter-se bem informado.
3.         expor as opiniões de forma sutil e  o ponto de vista de forma clara.
4.         indicar quais os pontos negativos de determinado assunto, apontar as qualidades também, mas sempre de forma verdadeira e cautelosa.
5.         utilizar bem o português.
6.         ler bastante é a melhor forma de melhorar a escrita, vocabulário e relacionar as ideias.





finalizando....
Faça com ENTUSIASMO !
a DEDICAÇÃO  e o ENTUSIASMO é o combustível para a CRIATIVIDADE!!




REFERENCIAS:

Werner, Melinda. Brincar é coisa séria. Mente Célebre. São Paulo: Ediouro Dueto Editorial Ltda. Ano XVIII, n 126, Jan/2011 (pp: 26-35).

Vieira Therezinha; Carvalho, Alysson; Martins, Elizabeth. Concepções do brincar na Psicologia, org. Brincar (es) Belo Horizonte, editora UFMG: Pró-Reitoria de Extensão/UFMH, 2005, página 47.

FERRARI, márcio O educador das crianças pequenas - Friedrich Froebel. – Revista Nova Escola/2006 pág. 57.

 Blog da Andi, publicado em 18/02/2014 por Sugahara, Leila Doutora e Mestre em Educação: Psicologia da Educação pela PUC-SP; e professora de Prática de Ensino e Supervisora de estágio no curso de Licenciatura em  Música da Faculdade Cantareira. http://blog.andi.org.br/o-papel-da-musica-na-formacao-escolar-da-crianca

Parizzi, Maria Betânia. Texto O canto espontâneo da criança de zero a seis anos – dos balbucios às canções transcendentes. (2006)

Blog Portfólio de aprendizagens: Lisiane Negreiros, publicado por Lisiane Negreiros no dia 16/04/2016  http://portfoliolisianenegreiros.blogspot.com.br/

Maffioletti, Leda A. e outros Práticas musicais na Escola Infantil, Porto Alegre UFRGS/Gov. do Estado do RS, 1998, pp 111-122.

Fantástico, exibido em 24/07/16. Bebê nasce depois de quatro meses da morte cerebral da mãe. http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2016/07/bebe-nasce-depois-de-quase-quatro-meses-de-morte-cerebral-da-mae.html



A CONDUTA DO PROFESSOR

Inicio meu texto com a colocação, fabulosa, do professor de Ciências José Francisco Flores:

"... permanente vigilância na nossa conduta como professor, porque não temos como medir a consequência de nossas palavras, gestos e olhar que lançamos sobre uma criança. Por isso, temos o dever de sermos vigilantes todo o tempo..."

PROFESSOR X VALORES

PROFESSOR:  Atitudes coerentes  com o que faço. O descuido e o imprevisto também acontece por parte do aluno e ao abordamos tais falhas devemos realizar de forma humilde, com bom senso e tolerância, ainda mais quando falamos em educação Infantil, onde encontramos seres em formação e estamos comprometidos ao mundo dessas crianças. Um professor arrogante é desestimulante, frustante no processo de aprendizagem para qualquer fase do educando, enquanto aquele mestre amoroso e de bom senso consegue despertar no aluno o interesse pelo saber. E essa relação de amizade que possibilitará   a caminhada  do aprender e ensinar  juntos, digamos, uma "troca de figurinhas".

VALORES: Sublimes e intrínsecos do ser humano. Quando digo valores não é com o intuito de elencar sem flexibilizar, mas no sentido que existem de forma objetiva, subjetiva e intersubjetiva, pois os valores existem só que compreendidos de acordo com a vivência de cada um. Sendo assim, como um professor deve portar-se diante de crianças com formações múltiplas sem os humilhar, violar ou até mesmo engessar o conhecimento prévio desses alunos?

Despindo-se de seus valores e condutas que julga inviolável, aberto a novas experiências, conhecimentos  e conceitos, seja no campo pessoal como profissional, ainda, assimilar que lecionar é uma relação de troca, onde todos, sem exceção, tem algo à contribuir.

Quando rotulamos um aluno estamos cerceando o direito de aprender e estamos frustados com a nossa capacidade enquanto profissional, afinal todos sabem e aprendem algo. Mensurar é ir na contramão do ato de educar! Contudo, outro valor está sendo ceifado para ambos: A esperança que faz parte desse processo formador educacional.



O bom senso, amor, carinho e a forma como tratamos nossos alunos
 é o caminho para obtemos êxito na aprendizagem.




Minha vivência em sala de aula vai ao encontro das palavras do professor José Francisco ao desempenharmos função social na  formação desses  cidadãos e que muitas vezes somos  exemplos. Contudo, devemos respeitar as relações sociais onde estão inseridos, modo de agir, pensar e de relacionar-se com os demais membros.

Para quem tiver mais interesse  sugiro o artigo da autora Fernanda Dorneles Vargas, da qual foi oportuna  fonte de pesquisa para o tema acima escrito. Vale ressaltar que o texto consiste em uma leitura clara,  objetiva e de muito bom senso.

http://www.pedagogia.com.br/artigos/posturadoprofessor/index.php?pagina=3