domingo, 21 de janeiro de 2018

A IMPORTÂNCIA DOS MEUS PROFESSORES/TUTORES

Estamos na reta final do quinto semestre da faculdade de Pedagogia/UFRGS na categoria EAD. Instituição que muito me orgulho de participar pela segunda vez, porém esse orgulho tem lá suas lutas e dificuldades na medida que somos exigidos á sermos pensantes, criativos e conscientes para nos tornamos profissionais comprometidos na área em que atuamos.  Apesar das barreiras em conciliar trabalho, familia e estudos, cheguei a mais essa etapa com bons frutos colhidos e maturidade inigualável no momento que faço uma retrospectiva quando cheguei e a fase que já estou cursando. 


O curso é árduo, talvez para muitos, curso à distância seja uma barbada, afinal desconhece a dinâmica dessa modalidade. Na prática, exceto aqueles que não possui essa experiência, é uma missão que exige muita disciplina e horas de estudos muitas vezes solitárias e autoaprendizagens que nos coloca em certos momentos inseguros  em relação ao que estamos produzindo. Nesse momento entra a suma importância dos professores e tutores, nos apoiando, incentivando e compreendendo a nossa situação para seguirmos em frente e não abandonar o curso nos momentos de cansaço exaustivo. 

Por tanto e outras ações de solidariedade dos meus professores, estou vencendo mais uma etapa, contudo se faz necessário registrar a posição de destaque  que tem na vida de um estudante a figura do professor, em vários momentos tinha o anseio de não conseguir terminar o semestre. Eles, professores são psicólogos, orientador, pai, mãe e ... AMIGO!! A importância deles é tamanha            que estão refletidos a cada dia dentro e fora da escola.

Por fim vale registrar  que o avanço da tecnologia permitiu maior aproximação para essa relação educacional, sendo uma tábua de salvação para sanar as dúvidas e angústias nos momentos de estudos e leituras. Como sugestão a leitura do texto A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR NA VIDA DO ALUNO disponibilizado http://www.ipae.com.br/pub/pt/cme/cme_73/index.htm .

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

SER PROFESSOR NA CONTEMPORÂNEIDADE

Antigamente,  a atividade do professor era  meramente técnica, subordinada ao conhecimento produzido pelos cientistas e seu trabalho caracterizado como missão – vocação. Porém, essa concepção passou por reformulações benéficas, na medida,  que se observou a necessidade de uma formação continuada, postura flexível, mantendo- se sempre em constante atualização e preparação para desempenhar sua função, não se restringindo apenas ao momento da formação inicial, pois ele se prolonga por todo o trajeto profissional do docente. Diante das implicações, dos desafios e conflitos que permeiam a função de ser educador, requer do mesmo,  uma postura de pesquisadores e agentes transformadores, pois há que se considerar a presença da responsabilidade politico-social na docência. Tal aprimoramento dos conhecimentos oferecerá ao mestre  novos panoramas de análise que possibilitam a compreensão diversos contextos vivenciados por eles. Em suma, constata-se que o professor nunca está pronto, acabado, mas, sempre em processo de (re) construção de saberes.

Por outro lado encontramos a degradação a imagem social dos professores  e este enfrentando a profissão com uma atitude de desilusão e de renúncia, aliado, como por exemplo, as políticas públicas e a forma como o Estado lida com seus professores alheio a realidade do sistema escolar. Além do educador administrar suas angustias, ter necessidade de constantes aperfeiçoamento profissional,   a construção da identidade profissional docente passa por dificuldades relevantes em sua constituição, seja em relação às dificuldades impostas pelo novo contexto educacional e social da contemporaneidade, seja pelo legado histórico da profissão.

Finalmente, algo é certo que se faz necessário, o  professor do presente não pode ser apenas alguém que aplica conhecimentos produzidos por outrem, mas tem de ser um sujeito que assume a sua prática pedagógica a repensar a sua atuação em sala de aula e os enormes desafios profissionais que enfrenta, a fim de atender as exigências do contexto atual.

 fonte: 
PRADO, Alcindo Ferreira. Mestrando em Ciências da Educação – Universidade San Carlos/2103; COUTINHO, Jecilene Barreto. Mestrando em Ciências da Educação – Universidade San Carlos/2103. REIS, Osvaldineide Pereira de Oliveira. Mestrando em Ciências da Educação – Universidade San Carlos, 2013. VILLALBA, Arsenio Osvaldo. Profº. Dr. do curso de pós-graduação, mestrado em Ciências da Educação – Universidade San Carlos. SER PROFESSOR NA CONTEMPORANEIDADE: DESAFIOS DA PROFISSÃO.

AVALIAÇÃO: dois propósitos: identificar necessidades e tomar decisões.

Os rumos da avaliação devem estar a serviço da implementação dos apoios necessários ao progresso e ao sucesso de todos os alunos, bem como para a melhoria das respostas educativas oferecidas no contexto educacional escolar e, se possível, no familiar. É unânime a necessidade de ressignificar os procedimentos e instrumentos de avaliação da aprendizagem em geral e os fins a que se destinam. 

Destaca-se, ainda, a importância de contextualizar os procedimentos avaliativos incluindo-se outras variáveis de análise, além daquelas referentes aos alunos, apenas fica evidente a necessidade de se levar em consideração as diferenças individuais, particularmente em se tratando de pessoas com deficiências e com limitações decorrentes de condutas típicas de síndromes neurológicas, psiquiátricas ou de quadros psicológicos graves, além daquelas pessoas que apresentam altas habilidades/superdotação.

A tomada de decisões, indispensável, acerca do que é preciso fazer para atender às necessidades identificadas, isto é, para construir caminhos que permitam a remoção de barreiras para a aprendizagem, em outras palavras, a avaliação torna-se inclusiva, na medida em que permite identificar necessidades dos alunos, de suas famílias, das escolas e dos professores. Mas identificá-las, apenas, não basta. É preciso construir propostas e tomar as providências que permitam, concretamente, satisfazê-las e venha oferecer subsídios para a indicação dos apoios e recursos pedagógicos contribuindo para a remoção das barreiras para a aprendizagem e para a participação de todos os alunos.

A avaliação, definitivamente, há que servir para auxiliar e orientar os educadores na tomada de decisões que contribuam para o aprimoramento de respostas adequadas às necessidades dos alunos.
A ideia de que a avaliação é medida dos desempenhos dos alunos está fortemente enraizada no imaginário dos educadores e dos aprendizes. Tanto, que a presença de alunos com deficiências em turmas regulares faz com que muitos professores, dentre outras inquietações que o trabalho com esses educandos lhes acarretam, manifestem as dificuldades que sentem em “dar provas”, corrigi-las e atribuir notas, usando os mesmos critérios que são usados para os “outros” ditos normais. 

Como a maioria das provas e exames fundamentam-se em procedimentos estatísticos e se baseiam em comparações dos avaliados entre si e/ou no julgamento do quanto a maioria dos alunos conseguiu alcançar em determinados objetivos, esses procedimentos, consideradas as verdadeiras finalidades da avaliação, pouco ou nada subsidiam na definição de mudanças. A avaliação é um processo de coleta de dados com pelo menos dois propósitos: identificar necessidades e tomar decisões, devem-se analisar, permanentemente, todos os elementos constitutivos do processo de ensino e de aprendizagem. Tal avaliação, pois, é um processo permanente e contínuo, que deve ocorrer na escola, compartilhado por todos os que nela atuam.

Um documento sobre avaliação comporta, pelo menos, duas vertentes: uma delas (A) referente à remoção de barreiras para que a avaliação possa ser repensada e realizada sob referenciais teórico-metodológicos distintos dos que prevaleceram, até então. A outra (B) alusiva à tomada de decisões quanto ao aprimoramento do fazer pedagógico, após a análise das informações obtidas durante o processo avaliativo e com os dados analisados.

FONTE: 

Saberes e práticas da inclusão : avaliação para identificação das necessidades educacionais especiais. [2. ed.] / coordenação geral SEESP/MEC. - Brasília : MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006. 92 p. (Série : Saberes e práticas da inclusão) 1. Necessidades educacionais. 2. Aluno portador de necessidades especiais. I. Brasil. Secretaria de Educação Especial.

ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES

Qual é o papel dos professores diante de um aluno com altas habilidades? 

Que papel você está desempenhando? Daquele professor que estimula seus alunos a procurarem novas formas de investigar e desenvolver suas potencialidades? Ou daquele professor que não gosta de ser questionado, que recrimina o aluno que pergunta e que confunde o jeito inquieto do aluno altamente habilidoso com hiperatividade e dá graças a Deus se ele tomar Ritalina e ficar quietinho, sentadinho em sua carteira?

O conceito é influenciado pelo contexto histórico e cultural: varia em cada cultura e momento social. Então, ninguém tem altas habilidades no abstrato A identificação de altas habilidades não se apoia em dados absolutos; não existem regras fixas, nem a certeza de acertar. Mesmo as medidas mais precisas somente apontam prognósticos, porque a vida humana é muito complexa e envolve muitas variáveis,  a identificação tem a função de favorecer a adoção de procedimentos educacionais adequados.  O aluno com TAH necessita que sejam criadas condições educacionais apropriadas para ele. As características dessa população não podem ser deixadas ao acaso, Qualquer sistema de ensino, de modo geral, tende a ser focalizado na média, ocasionando como predileto aquele aluno calmo, obediente e de poucos questionamentos, ou seja,  há um clamor pelo uso de medicações para esse público com o intuito de conforto apenas para o educador. 

Necessidades diferenciadas demandam atenção diferenciada, e não discriminação e isolamento, e isso deve abarcar também as altas habilidades. Sem estímulo, essas pessoas podem desprezar seu potencial elevado e apresentar frustração e inadequação ao meio.

Passamos a considerar as altas habilidades como um fenômeno multidimensional e complexo, que agrega o desenvolvimento cognitivo, afetivo, neuropsicomotor e de personalidade. Como se mostra a assincronia característica das altas habilidades? Há uma habilidade predominante que se destaca das demais, num sentido positivo: a pessoa faz aquelas coisas mais, melhor que os outros, e melhor que as outras coisas que ela mesma faz. Ela aparece quando alguma das capacidades humanas se desenvolve mais que as outras, só em casos muito raros uma pessoa tem um desempenho que se destaque em todas as áreas, ou para o mundo inteiro.

Mais uma vez, não existe um modelo ideal, e podemos considerar que o método adequado é um conjunto de combinações entre as alternativas de atendimento possíveis. E, principalmente, porque precisamos denunciar as diferenças e as carências dos sistemas instituídos em lidar com elas sem marginalizá-las. Um olhar para as diferenças pode favorecer um ensino mais individualizado e combinar pessoas com habilidades diferentes de modo mais flexível, atendendo ao verdadeiro princípio de inclusão.


Fonte: SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Um olhar para as altas habilidades: construindo caminhos/Secretaria da Educação, CENP/CAPE; organização, Christina Menna Barreto Cupertino. – São Paulo: FDE, 2008.

domingo, 7 de janeiro de 2018

LUGAR DE CRIANÇA É NA ESCOLA?

Conheço uma criança que o pai não incentiva a filha de 4 anos ir para a escola. Certa vez foi chamado pela escola para saber o motivo de tantas faltas de sua filha, após ouvir os pormenores que a direção da escola tinha a lhe dizer, começou a sua justificativa sob a alegação que sua filha era muito inteligente, não tinha prolemas de relacionamentos com os colegas de sua idade e o que ensinava para a criança, em casa, já era o suficiente para seu desenvolvimento. Até aqui vamos nos remeter aqueles pais que dispensam a escola para eles mesmos cuidarem da educação dos filhos, algo bem discutidos pelos educadores e profissionais ligados na educação. Porém esse não será nosso foco, mas discutir de forma aprazível a posição desse pai e o prejuízo, se assim entendermos no decorrer da escrita, ocasionado para tal criança.

Os pais que decidem não levar o filho à escola sob a alegação que a educação ofertada por eles em casa é melhor que de uma instituição educacional ficará limitada na medida que as familias atuais são compostas por uma ou duas crianças, logo a convivência desses infantos restritas aos adultos o contanto com outras crianças ficará escasso. Se observamos que o processo de socialização está na base da construção do EU, sendo construída pela mediação dos outros e suas respostas, bem como, o sucesso da formação psíquica do individuo, e que  nesse contexto das relações sociais que emerge a linguagem, concluiremos que crianças que frequentam a escola desde cedo adquirem notáveis ganhos no desenvolvimento social, além de permitir apropriar-se, reinventar e reproduzir o mundo que a cerca. A falta de amizade pode trazer resultados desastrosos tais como, dificuldade de relacionamentos, problemas emocionais, ser menos sociável, ganhos escolares abaixo da média, abandono escolar e comportamentos deliquentes na adolescência  ou na fase adulta.

Sendo assim, de acordo com especialistas na área do desenvolvimento humano, há um consenso em afirmar que a  interação social  é indispensável para a construção do ser humano, certamente esse progenitor desconhece os benefícios da interação social, bem como os bendefícios das crianças terem contatos e troca de experiencias entre si.

fonte:
CAMARGO, Síglia Pimentel Höher. e BOSA, Cleonice Alves. Competência Social, Inclusão Escolar e Autismo: Revisão crítica da literatura. Revista Psicologia & Sociedade/ UFRGS, 21 (1):65-74, 2009

DESENCONTRO ENTRE ESCOLA E REALIDADE

O desencontro da escola com a sociedade atual é latente na medida que nos deparamos com exemplos tão atuais. Um estudante de 12 anos foi impedido de entrar na escola pública em que estudava por usar guias (colares) de candomblé https://www.youtube.com/watch?v=rLsqQV-VoC4   e uma estudante impedida de entrar na escola por estar usando sandálias https://www.youtube.com/watch?v=IAI8Rh3Xxa8,  claros exemplos de despreparo e ausência de reflexão da realidade de vida dos educandos e educadores. Podemos afirmar que o sistema escolar ainda é concebido num modelo arcaico, visto que a sociedade não se apresenta mais no modelo sólido, enquanto a escola se mantém na mesma estrutura e preceitos de sua primeira formação. Os exemplos elencados nos remete à busca de nova roupagem dos significados e dos sentidos que o sistema educativo tem – ou deveria ter – diante da formação das novas gerações. A própria instituição educacional se mantem  inerte impondo certos modos de conduta, de pensamento e de relações próprias, independente das mudanças que ocorrem na sociedade, logo, ocasionando um desinteresse para os estudantes.  Esta forma de ensinar não torna os sujeitos com ela envolvidos capazes de armazenar os objetos em seu contexto, sua complexidade, seu conjunto. Parte dos alunos que sai da escola todo ano não consegue estabelecer uma relação entre o que viveu e aprendeu na escola, com a realidade fora dela, pois as informações são transmitidas de forma engessada, prontas e moldadas desestimulando a criação e o pensamento critico sobre a realidade. Nas escolas não pode haver um único modelo de pensar, tão pouco se desenvolver sem respeito a diversidade, as diferenças individuais e respeito ao ritmo de cada aprendiz.


O filme Vênus Negra  retrata o quanto  julgamos o diferente, sendo assim, fora dos padrões aguça nossa curiosidade ficando a mercê da exploração humana, o filme em questão, embora antigo, registra algo comum nos dias atuais quando pegamos como exemplo a exploração das mulheres no carnaval, o país como rota de prostituição, piadas de baianos, gaúchos  fazem parte do nosso universo cultural. Até pouco tempo atrás  era comum apresentações de biótipo em circos, teatros, ora, não precisamos nos deslocar para o passado, basta citar exemplos televisivos atuais, onde a figura do homem magérrimo é exposto como atração e ridicularização, anões do programa Pânico sendo hostilizados e agredidos em nome de uma atração apelativa, por último apresentação feminina em uma casa noturna e um cartaz de circo divulgando sua atração principal, a mulher Monga. Todos esses exemplos encontram-se atuais e agraciados pela sociedade.


FONTES:
MISSIO, Luciani e CUNHA, Jorge Luiz da Cunha. UM OLHAR SOBRE A EDUCAÇÃO MODERNA NO SÉCULO XXI