quinta-feira, 29 de junho de 2017

OS DESAFIOS DO BLOGGER

À medida que o curso de pedagogia avança, tenho a sensação de um certo afunilamento quanto às abordagens previstas pelos nossos professores, talvez pela sensação do medo e da ansiedade de já ter concluído metade do curso e não querer, jamais, parar por aqui. Como se não bastassem os compromissos do dia a dia que  nos deixa em eterno conflito para conciliar tudo e todos, esse semestre foi muito angustiante e desafiador para mim, pois as atividades de Seminário Integrador V exigiam não apenas uma releitura e análise do que havíamos postado nos dois primeiros semestre da faculdade, mas também de uma avaliação da escrita de outra colega. Até esse momento parecia algo corriqueiro, ledo engano. Ao ler as postagem da colega, não conseguia classificar ou achar uma justificativa para fundamentar meu posicionamento, e claro, não ser rigorosa nos critérios de avaliação. Contudo, para elaborar o que solicitava a atividade, tinha que primeiro entender o que se pedia e conhecer as classificações solicitadas. Fui pesquisar o que de fato dispõe cada quesito, para saber se as minhas escritas e da minha colega estavam atendendo os  requisitos de boas postagens: descritivas, questionadoras, reflexivas/reconstrutivas, cópias de atividades; e outras como recados, pensamentos, poesias...

Ao finalizar as análises fui para o segundo passo, que achei pertinente para a conclusão do que já estava desconfiada, a elaboração de  uma tabela  de acordo com as quantidades de cada uma delas. Diagnostiquei que circundamos por critérios interessantes, mas munidos de pouca argumentação ou soluções para o que apontávamos, o motivo? Posso apontar como um dos fatores mais preponderante a ausência de maturidade acadêmica e escasso hábito da escrita, como também insegurança ao defendermos nossas  ideias. 

Confesso que a atividade por si só foi penosa e exaustiva, outrora acompanhada do desejo de abandonar tudo por julgar, inocentemente, de pouca valia. Porém, a satisfação de nos ser oportunizada tal reflexão ruiu todos os apontamentos acima elaborados,  ou seja, quando voltei para fazer uma autoavaliação, descobri que avancei mas posso melhorar muito mais e que todo esse processo foi prazeroso e a retomada foi de suma importância  para elencar erros  que tendem a ser sanados e acertos mais lapidados com as novas postagens.



LISIANE NEGREIROS
GISELE DA ROSA
EIXO 1
EIXO 2
EIXO 1
EIXO 2
Descritivas
2
3
10
2
Questionadoras
4
4
5
1
Reflexivas
5
5
7
8
Outras
4
3
9
12
Cópias
1
-
4
3
Total

16

15

35

26


segunda-feira, 12 de junho de 2017

EDUCAÇÃO X IMEDIATISMO

Assistindo certo trecho da entrevista do sociólogo Zygmunt Bauman no programa Mileniun, observei  que o Imediatismo do qual discorria na entrevista, não permeava apenas a Educação como um todo, mas já está se apresentando no cotidiano das familias dos educandos, ou seja, como praga que não ataca mais em bando (no sistema), e sim, isolada, no caso exemplificando no seio familiar.

Refletindo sobre tal entrevista, comecei a pontuar o que estamos passando em nossa sala de aula, mas especificamente nos pré´s I onde atuo. Observo uma histeria coletiva dos pais em querer que seus filhos sejam alfabetizados no recém entrado pré I, como forma de satisfação pessoal em qualificar seu filho como o mais experto e capaz,  outrora uma comparação dos remotos tempos em que foram alfabetizados. Contudo, esclareço que a Educação evoluiu e no tange a  educação infantil, mais ainda, por se tratar de campo educacional novo, onde a mola precursora é ofertar meios para que o infanto alcance sua independência com bases sólidas para ser tornar um adulto bem lapidado, e não sair lendo e escrevendo sem a menor observância nesses  requisitos básicos, acarretando enormes falhas para os anos seguintes na vida escolar.

Que o  imediatismo  imposto pelo Capitalismo  para com a Educação é notório, mas essa pressa já estar sendo imposta pela própria familia das crinaças é de uma violência imensurável, ou seja, como se não bastasse as exigências desse sistema perverso, esses inocentes, agora tendo  a cobrança no âmbito familiar, ficando a merce da própria sorte. 

Atuo em  rede de educação municipal, onde possui "certa" autonomia para blindar os alunos da ansiedade dos pais,  o mesmo já não ocorre na rede privada de ensino por motivos tão explícitos que não cabe aqui elencar, cabe para finalizar que a   criança não precisa de permissão para começar a ler e escrever, apenas necessita de certos amadurecimentos básicos  para que possa ter  respeitado o seu tempo individualizado.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

DIREITO DE PARTICIPAÇÃO DAS CRIANÇAS NOS P.A.'s

A participação das crianças em todas as questões relativas ao ambiente escolar e ao seu entorno não é meramente uma questão de inovação do ensino. Essa prerrogativa encontra-se alicerçada na CONVENÇÃO DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS (CDC),  adotada pela Assembléia Geral nas Nações Unidas, em 20 de novembro 1989, os quais prescreve  nos artigos 12°, 13° e 31° que as crianças tem o direito de  expressar suas opiniões livremente em assuntos relacionados ao ensino, respeito e à  participar da vida cultural e artística, e que tal prerrogativa de participação seja de fato efetiva na organização do cotidiano escolar.

A escola deve ser um espaço para aprender sobre o mundo de maneira democrática, visto que esse é o principal lugar de  convívio social da maioria das crianças de nossa atualidade. Não cabe mais aquele papel da escola apenas como preparação para  a vida adulta e o trabalho (práticas pedagógicas transmissivas), mas ela enquanto instituição de reflexão para a transformação.

Desse modo, a escola passa a ser um espaço de vida compartilhada e  os professores deve considerar a curiosidade infantil  como fonte de material para o organização da vida escolar e a confecção dos  Projetos de Aprendizagens. A participação dos alunos em decisões escolar é fundamental para valorar a importância da democracia, pois desde cedo vivenciadas, por elas, contribuirá para uma cidadania emancipatória.

Ainda, analisarmos  o que o prescreve a LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (LDB/1996), em seu artigo 29:


 Art. 29.  A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.          (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013


Nós professores somos os principais responsáveis por essa transformação, para tanto, precisamos viabilizar os caminhos para que essa participação seja acolhida de afeto, do pensar e o respeito ao direito de participação  infantil na escola, tendo sempre em meta a busca pelos interesses de aprendizagem das crianças, a partir do olhar desses educandos e das suas necessidades enquanto pequenos cidadãos do mundo.

fonte: VASCONCELOS, Queila Almeida. Crianças bem pequenas no cotidiano escolar da escola: tecendo relações entre participação  e interesses de aprendizagem. Tese (Mestrado em Educação) Faculdade de Educação  (FACED), Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre 2015. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10183/131061