domingo, 15 de maio de 2016

ESCOLARIZAÇÃO DOMICILIAR II

A VONTADE NATURAL DE APRENDER


 Jan Hunt, Psicóloga Diretora do "The Natural Child Project"



A autora do artigo (Vontade Natural de Aprender) apresenta uma série de argumentações à alguns questionamentos sobre o tema Escolarização Domiciliar e nos proporciona respostas. Para Jan Hunt o pressuposto para o sucesso da aprendizagem autônoma é CONFIAR, as crianças sabem quando estão prontas para aprender aquilo que querem aprender e confiar que sabem aprender. Embora, esse modo de pensar pareça estranho, elas aprendem a fazer coisas difíceis , sem grandes ajuda de ninguém (andar, falar, comer...). Reforça a ideia em conjunto de John Holt, que as crianças são curiosas por natureza e  por isso são capazes de eleger os que lhes interessa para participar do mundo que o cerca. São receptivas, perspicazes e empíricas.  São audaciosas e não tem medo de errar.

Instintivamente sabem qual é o melhor método para elas e pais zelosos e afetivos atentos aprendem a confiar nisso. Dizem: "Oh! Que interessante estás a aprender a descer a escada de costas!"  Em vez de: Assim está errado! Sabem que há várias maneiras de aprender a mesma coisa e confiam nas escolhas dos filhos.

Suscita a questão do tempo na escola, ao afirmar que as crianças que mais fantasiam aprender melhor e têm mais facilidade de lidar com a frustração do que aquelas que perderam tal capacidade. Elas precisam de tempo com a família, esse tempo é devorado pela escola e televisão. As que são educadas em casa têm consciência de que o convívio com a família é dos maiores benefícios dessa vivência.

As crianças aprendem fazendo perguntas e não respondendo às perguntas dos outros. Na escola é mais importante protegerem-se, escondendo que não sabem, do que tentarem entender melhor determinado tema. Elas tem prazer em aprender por aprender - não é preciso motivar as crianças com recompensas, com boas notas ou estrelinhas no caderno.

Aprendem a relacionar-se com os outros convivendo com pessoas de todas as idades, e para o professor John Taylor Gatto, eleito professor do Ano no Estado norte-americano de Nova Iorque, afirma: "É absurdo, é anti-vida... estarem sentados e fechados em salas com pessoas da mesma idade e classe social. Esse sistema consegue alienar-se da enorme diversidade da vida." 

Os pequenos aprendem sobre o mundo quando elas próprias o experienciam, é essa a abordagem da  auto-aprendizagem, aprendem em contato direto com o mundo. A objeção mais comum ao ensino doméstico, por pessoas que não o entendem, é que elas são  privadas do mundo real, de fato essa afirmação não procede.

O estresse interfere na aprendizagem, Einstein escreveu: "É um erro gravíssimo acreditar-se que o prazer de observar e pesquisar pode se desenvolvido através da coerção". John Holt alerta "que quando sentimos medo ou ansiedade ficamos bloqueados e até incapazes de agir e de pensar..." quando amedrontamos uma criança, bloqueamos totalmente sua aprendizagem. Elas nos ensinam de forma natural, enquanto a escola adota princípios  diferentes devido as dificuldades de ensinar quantidades enormes de crianças na mesma idade num ambiente coercivo. O ensino doméstico é ima tentativa de seguir os princípios da aprendizagem natural e preservar a curiosidade.

Segundo Holt, a aprendizagem é mais questão de fé e não precisamos castigar, subornar, elogiar ... os seres humanos pensam e aprendem por si só! Precisamos apenas dar a ajuda e orientação que nos pedem, de ouvi-las atentamente quando querem falar e depois deixá-las à vontade.

Para quem se interessar mais por esse tema sugiro visitar o blog abaixo elencado.



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