Embora não tenha atuado na EJA penso que alguns critérios devem ser levados em consideração. Em
tese, adolescentes e adultos encontram-se no estádio operatório formal,
nem todos adquirem essa capacidade ao mesmo tempo, outrora podendo ser
determinadas por diversos fatores alheios a sua vontade e justificados desde a
sua infância.
A escola que
continuar a insistir no repasse de respostas prontas estará na contramão do
pensamento moderno, além de frustrar o aluno, tudo que professor pretender amealhar
para uma boa aprendizagem será inútil caso não observe a realidade e
necessidade individual dos alunos, estes ficarão menos motivados para
aprender.
Outro fator
que apontamos trata do Conceito de Transferência e a importância da afetividade
no processo de aprendizagem, ambos já estudados anteriormente, sem eles não
podemos mensurar um ensino de qualidade, pois não basta o professor passar o
conteúdo - aluno tábua rasa - e desprezar as relações interpessoais
originárias das individualidades e da sala de aula, afinal, o aluno é o
resultado de suas origens e das constantes transformações na troca com o meio. Cabe ressaltar
a importância da confiança do aluno para com o professor, onde o primeiro terá
seus conhecimentos reconstruídos sobre valores fortemente arraigados nunca
antes desacomodados. Falamos aqui em solidariedade mútua através de mudança
estrutural, oriunda da convivência das partes - modo de aprender e ensinar para
o aluno e o mestre, e essa cooperação abrirá possibilidades para o
caminho intelectual.
Referências:
MARQUES, Tânia
Beatriz Iwaszko. Aprendizagem na vida adulta.
REAL, Luciane
Magalhães Corte e PICETTI, Jaqueline. Aprendizagem amorosa: transformações
na convivência de aceitação do outro como legítimo outro. 2011. Educação e
Cidadania nº13. Editora UniRitter.
Nenhum comentário:
Postar um comentário