Esta,
parece ser a pergunta fundamental que
permite iniciar o processo de uma avaliação pessoal, enquanto professora:
“...Que cidadão
desejo que meu aluno seja? Um indivíduo
subserviente, dócil, cumpridor de ordens sem perguntar pelo significado das
mesmas, ou um indivíduo pensante, crítico, que, perante cada nova encruzilhada
prática ou teórica, pára e reflete, perguntando-se pelo significado de suas
ações futuras e, progressivamente, das ações do coletivo da qual ele se insere?...”
– extraída da
leitura do “Modelos
pedagógicos e modelos epistemológicos”. (BEKCER, Fernando).
Embora encontramos o modelo tradicional (pedagogia diretiva) borbulhando
por todas as escolas e com professores agarrados a esse modelo, torna-se
resistente a quebra desse referencial, aqui afirmo ser o mais comum na minha
escola, muito mais acentuado nas turmas dos prés. No segundo momento podemos
encontrar professores recém formados tentando aplicar o segundo método (pedagogia
não diretiva), embora indecisos e inseguros por falta de credibilidade dos
demais profissionais da escola. Confesso que antes de iniciar o curso de
Pedagogia insistia nesse método, não por conhecimento, mas por intuição e
lembranças do que passei na fase colegial. Também no decorrer dessa opção
observei um distanciamento entre
crianças cujo os pais tinham certo conhecimento daquelas cujo seus progenitores
mal conseguiam escrever de forma clara seus nomes. As primeiras tornavam
produtivas, enquanto o segundo grupo se dispersava logo que a atividade era
sugerida. Hoje com conhecimento acadêmico pude identificar o problema através
do sugerido texto. Como uma forma auto didática procuro ministrar aos meus alunos pedagogia relacional,
o aluno é visto como tendo uma história de conhecimento já percorrida, não pode
ser subestimado, ainda, respeitado o nível de formalização dessa criança, terá
condições de aprender qualquer coisa; uma troca de aprendizagem mutua entre professor x aluno.
Confesso que para tanto, exige
mais tempo de pesquisa, estudos e planejamentos, sem falar que tal comportamento
vai na contra mão, a maioria, dos PPP’s atuais, este visa claramente uma produção
em massa
do saber, cujo a preocupação é latente em cumprir o calendário escolar
enviado pela secretaria de educação, cada projeto tem data para começar e para
terminar. Ao meu ver, a aferição da construção do saber fica prejudica e
obsoleta. Ainda assim, opto por aprimorar meus planejamentos em uma pedagogia
relacional, pois tenho o intuito de alicerça-los
para serem pensante, criativos, questionadores e aguçados para a busca do
saber.
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