Na escola, esse ano, aceitei um desafio desconhecido e temido por muitos educadores, no início ia aflita e amedrontada para sala de aula, pois era algo totalmente desconhecido por mim, ainda mais que sentia o peso da responsabilidade de trabalhar com bebês. Minha diretora me chamou e disse que eu seria uma pessoa ideal, pois ao mesmo tempo que dava limites aos meus alunos, era doce, calma, estudando Pedagogia, bem atualizada e cheia de motivação para o trabalho. Realmente, quando estamos estudando somos mais motivacionais e queremos colocar em prática os conhecimentos que estamos adquirindo, penso ser uma característica inerente aos estudantes e pesquisadores independente da profissão. Somos tomados por uma paixão à essas aprendizagens que passamos a defender veementemente.
Para minha surpresa me descobrir, me apaixonei por aqueles seres tão pequenos, mas dotados de uma capacidade de afeto, inteligência e de estado de graça gigantesco. Quando fazemos o que nos dá prazer temos a tendência de nos dedicar mais ainda, sendo o que aconteceu comigo! Fui em busca de novas leituras e numa dessas leituras, hoje, compartilho os ensinamentos da Drª Emmi Pikler, também conhecida por Abordagem/Experiência de Löczy tendo como base princípios orientadores da importância da atenção pessoal e o papel do adulto nos cuidados com os bebês e as crianças pequenas.
Segundo a Drª Emmi Pikler, para que a autonomia e criatividade da criança se desenvolva é necessário que a mesma seja protagonista do seu processo de desenvolvimento, através de um
processo de formação pautado na observação e na reflexão. É na presença
respeitosa e afetuosa do adulto que a criança pequena explora, brinca, conhece
o mundo que a cerca e conhecer-se. Nessa interação eles aprendem sobre si e
sobre o outro, construindo sua identidade, assim se tornará cada vez
independente e autônomo. Posso citar os momentos das trocas de fraldas quando são
feitas de forma amorosa e explicando
o motivo daquele ato e conversando sobre
seu corpo e o que de fato realizou (xixi ou cocô ). Tenho o hábito de, ao
retirar a fralda, mostrar para a criança o que ela fez e porque se faz
necessário fazer as trocas das mesmas,
nesse momento há uma conduta harmoniosa e reciproca, com isso garantindo seu
bem estar e o seu desenvolvimento pleno. sendo este pautado na atenção e valorização da
relação afetiva entre o adulto e a criança, além de um bom estado de saúde
física e corporal, assim, proporcionando
à criança a tomada de consciência de si e do outro.
Garantir o seu bem estar e seu desenvolvimento pleno é direito de todas as crianças e atividade escolar não deve ser meramente ligada ao corpo, mas uma proposta educativa de qualidade que permita atender as necessidades e especifidades dos bebês e das crianças pequenas.
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