terça-feira, 13 de agosto de 2019

GLOBALIZAÇÃO PARA TODOS


Na  postagem https://portfoliolisianenegreiros.blogspot.com/2017/01/ensino-globalizado.html menciono a importância do ensino ser globalizado, existência de uma política integrada, reformas educacionais coerentes e a participação da  sociedade como um todo. Quando menciono a participação da sociedade digo em âmbito geral, pois nesse primeiro texto deixei de mencionar a necessidade de termos  políticas proativas para os portadores de necessidades especiais. Não basta que essa  globalização contemple tal categoria, mas necessário que todos os envolvidos estejam capacitados pra um só resultado: CONSTRUÇÃO DO SABER! E o trabalho desenvolvido de acordo com os pressupostos de que o conhecimento é construído de maneira compartilhada, cooperativa entre os sujeitos  que compõem o universo.

Digo isso porque a  educação especial, embora tenhamos leis que abordam diversas necessidades, ainda carece de mais aprofundamentos quando falamos em globalização.  Observo no cotidiano escolar uma lacuna entre escola, profissionais e família desses alunos. Na maioria das vezes eles nos chegam sem laudo – a ausência do documento não significa impedimento de receber assistência adequada, porém toda informação clinica será bem vinda para facilitar  o trabalho do professor. Há casos que trabalhamos por hipóteses, sem ter conhecimento do grau de deficiência do aluno. Esse é um ponto, outro que gostaria de apontar é a falta de recursos ou salas adequadas para que tenhamos suporte de apoio, tanto para o educando, educador e familiares. 

Para exemplificar melhor a escrita suscito a questão dos surdos e mudos. No dia a dia sem domínio de uma linguagem apropriada para ser comunicarem, acabam criando dialetos entre o grupo social que frequentam ou até mesmo entre a família, esta por sua vez não possui domínio de libras, logo criando um código de mimicas. Quando esse aluno chega à escola se depara com outra forma de comunicação, logo a confusão e a dificuldade estar  implantada – duas formas de expressar paralelas (o da família e o da escola). Nessa vertente percebo que é a maior dificuldade, como professora, é contornar esse problema que já flui de forma cultural para esse aluno e sua família. Dessa forma, quando falamos em globalização de ensino devemos pensar, primeiramente, não no sentido macro, mas sobretudo na raiz da palavra , ou seja, num processo que ocasione uma integração, ou ligação estreita entre familia, educadores, educando, políticas públicas ativas e a sociedade apta a receber tal público.

Independente das dificuldades acima apontadas, devemos ser criativos e reflexivos em nossa conduta para proporcionar ações educativas que tenham sentido para os alunos especiais – interação social, afetividade e o acolhimento são fatores fundamentais para o sucesso da aprendizagem, nesse sentido estaremos ofertando estímulos e evitando apatia e desmotivação algo comum nas salas de aula, devido as dificuldades que esse grupo tem em  socializar. 


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