sexta-feira, 2 de agosto de 2019

AVALIAR NÃO É UMA QUESTÃO SIMPLES!

Quando escrevi sobre o tema Avaliação na educação infantil, posicionei contrário sobre tal necessidade, pois os alunos estão em desenvolvimento, o que nesse caso poderia ocorrer falhas no apontamento do professor, pois este poderia deixar  de mencionar algo que pudesse passar despercebido na hora de avaliar, ou deixar de relatar algo que julgasse sem importância para si, mas para a criança foi um feito significativo. 

Hoje revejo meu posicionamento no sentido que a avaliação é uma ferramenta para auxiliar o processo educativo, mas não como uma forma de classificar ou rotular, ou seja, um ato flexível por parte de quem avalia, ao mesmo tempo que ao ler um parecer descritivo, por exemplo, esteja narrado de forma contundente para que alguém leia e consiga reconhecer na escrita aquela criança da qual está sendo descrita. 

Se por um lado a escrita deve ser fidedigna em relação ao aluno do qual estamos narrando, por outro elaborar essa escrita não parece tão fácil assim. Ao registramos algo em um documento estamos nos comprometendo a não constranger o aluno, o grupo social a que pertence ou questão familiar, assim ficamos, na prática, receosos de apontamos algo que seja desaprovado   ou sermos mal interpretados pelas familias desses educandos. Muitos pais negam atos ou fatos que seus filhos realizam na escola e a própria instituição tem receios de uma desaprovação. Percebo professores escrevendo suas avaliações e esta indo e vindo para fazer correções solicitadas pela equipe diretiva, ou seja, não há uma liberdade de escrita por parte dos educadores em averbar como de fato seu aluno produz, rejeita ou se omite no processo de aprendizagem, bem como os caminhos que o levam a produzir conhecimento.

Depois que escrevi o primeiro texto sobre Avaliação, comecei a ler sobre o tema que trazia sugestões, como avaliar? O que avaliar? E a importância de avaliar. A questão, nesse texto aqui, não é trazer averbações de teóricos, mas exemplificar na prática como é delicada a questão. E a conclusão, que por hora tenho, é um tema que carece de muito aprofundamento, debates entre os envolvidos no processo educacional e que ao avaliarmos, nós professores, tenhamos em mente que tal processo não deve ser algo definitivo, mas em construção e que esse apoio pedagógico serve para apontar falhas, sucessos, avanços e reflexão para todos - professores, alunos, pais e a instituição escolar.

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