terça-feira, 3 de janeiro de 2017

O PROFESSOR DE INGLÊS


Certo dia encontrei uma rapaz que perguntou minha profissão, respondi que era professora! Na hora ele parou o que fazia e respondeu de imediato: Eu era professor de inglês, não aguentei larguei... prefiro juntar latinhas a ser professor. Desculpa minha sinceridade com você.

Disse: Não, tudo bem,  são opiniões e respeito!

Quem ficara espantada dessa vez, fui eu, com a comparação entre duas profissões, pois sentir um tom humilhante na sua voz, algo reforçado com o balanço da sua cabeça para a rua.
Primeiro, o catador de latinhas faz um serviço essencial a natureza, enquanto o segundo estimula a busca pelo saber, ambos civilizatório à sociedade. Analise comigo quantas famílias são alimentadas por essas duas profissões?

Fiquei tão atônita com esse cidadão que não mereceu esticar a conversa, apenas me reservei à fazer uma única pergunta para finalizar nosso diálogo.

Como você era com as turmas que deu aula?

Respondeu: Na verdade, peguei a turma andando e fui substituir o professor anterior, ele tinha fama de "paizão" com eles, e eu, entrei como os dois pés, dei bem  no meio deles, botei para arrebentar sem dó, nem  piedade... por isso falei que  prefiro juntar latinhas que ir dar aulas. Chovia de reclamação, a turma não rendia e o aproveitamento dos alunos despencou,  quando chegava para dar aulas tinha um problema."

Pensei!!!!
Porque será?
E você  que ler esse artigo, o que acha?

Aponto na direção que houve um festival de frustração para ambos os lados, se de um lado alunos ensinados com afeto, de repente de deparam com a figura do professor autoritário, despreparado didaticamente e torturador. Havia apenas preocupação em registrar conhecimentos, sem  ofertar espaço para o diálogo, tão pouco, conhecer as peculiaridades dos educandos e sem o menor intuito de ensinar de forma prazerosa e amigável com as turmas. Arrisco em dizer que sentir um certo sadismo em sua fala quando afirmou o pavor  que se instalou na sala de aula com as dificuldades que impôs, algo confortável a esse profissional.

Desses tipos de educadores surgem os traumas nos alunos, evasão escolar, baixo rendimento... e outros reflexos que sabemos nortear na nossa educação. Um inconsequente desse quilate jamais poderia entrar em sala de aula,  ou se apresentar por aí como professor, afinal o que fez para a Sociedade e para  Educação foi desserviço, de nada vale o saber senão compartilhado de forma prospera e prazerosa para ambos (aluno x professor).

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