quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

MODELOS PEDAGÓGICOS

 Esta, parece ser  a pergunta fundamental que permite iniciar o processo de uma avaliação pessoal, enquanto professora:

“...Que cidadão desejo  que meu aluno seja? Um indivíduo subserviente, dócil, cumpridor de ordens sem perguntar pelo significado das mesmas, ou um indivíduo pensante, crítico, que, perante cada nova encruzilhada prática ou teórica, pára e reflete, perguntando-se pelo significado de suas ações futuras e, progressivamente, das ações do coletivo da qual ele se insere?...” – extraída da leitura do  “Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos”. (BEKCER, Fernando).

Embora encontramos o modelo tradicional (pedagogia diretiva) borbulhando por todas as escolas e com professores agarrados a esse modelo, torna-se resistente a quebra desse referencial, aqui afirmo ser o mais comum na minha escola, muito mais acentuado nas turmas dos prés. No segundo momento podemos encontrar professores recém formados tentando aplicar o segundo método (pedagogia não diretiva), embora indecisos e inseguros por falta de credibilidade dos demais profissionais da escola. Confesso que antes de iniciar o curso de Pedagogia insistia nesse método, não por conhecimento, mas por intuição e lembranças do que passei na fase colegial. Também no decorrer dessa opção observei um  distanciamento entre crianças cujo os pais tinham certo conhecimento daquelas cujo seus progenitores mal conseguiam escrever de forma clara seus nomes. As primeiras tornavam produtivas, enquanto o segundo grupo se dispersava logo que a atividade era sugerida. Hoje com conhecimento acadêmico pude identificar o problema através do sugerido texto. Como uma forma auto didática procuro  ministrar aos meus alunos pedagogia relacional, o aluno é visto como tendo uma história de conhecimento já percorrida, não pode ser subestimado, ainda, respeitado o nível de formalização dessa criança, terá condições de  aprender qualquer coisa;  uma troca de aprendizagem  mutua entre professor x aluno.


 Confesso que para tanto, exige mais tempo de pesquisa, estudos e planejamentos, sem falar que tal comportamento vai na contra mão, a maioria, dos PPP’s atuais, este visa claramente uma produção  em massa  do saber, cujo a preocupação é latente em cumprir o calendário escolar enviado pela secretaria de educação, cada projeto tem data para começar e para terminar. Ao meu ver, a aferição da construção do saber fica prejudica e obsoleta. Ainda assim, opto por aprimorar meus planejamentos em uma pedagogia relacional,  pois tenho o intuito de alicerça-los para serem pensante, criativos, questionadores e aguçados para a busca do saber.

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