terça-feira, 3 de janeiro de 2017

O BILHETE ESCOLAR




Uma professora do Rio de Janeiro enviou na agenda da criança um bilhete endereçado a mãe do aluno solicitando que esta enviasse frutas. A mãe ao receber o bilhete questionou a professora o motivo qual o recado estava endereçado apenas a ela, mãe, e não aos responsáveis pela criança. O fato repercutiu de forma estrondosa na internet e ao ler a matéria também fiquei pensativa sobre a colocação daquela progenitora. Percebi o quanto nossas condutas estão enraizadas aos ensinamentos que recebemos no passado e que hoje, no presente, agimos de forma automática, sem  nos darmos conta que os valores são outros e o que nos ensinaram no passado, atualmente é questionável.

Afirmar que a educação dos filhos é concentrada na figura feminina não é mais uma verdade absoluta, na prática temos personagens variados no cuidado com as crianças, e o professor deve ter sempre presente a ideia de diversidade familiar ao elabora um bilhete para os familiares do aluno.

Tais comportamentos são fundados em  resquícios da nossa sociedade patriarcal, prova disso que esse tipo de bilhete é muito comum serem emitidos pelas escolas no pais afora. "Bilhetes endereçados a mamãe" e produzidos por estabelecimentos educacionais reforça a errônea ideia que o cuidado com a casa e filhos cabe exclusivamente a figura feminina.

A instituição de ensino deve manter-se sempre atenta as mudanças comportamentais da sociedade, aquela  é parte integrante na formação de cidadãos pensantes, jamais o retrocesso deve advir da escola, pois esta tem papel civilizatório/evolucionista. 


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