quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O ESPAÇO ESCOLAR COMO PARCEIRO DO PROFESSOR

Inicio minha escrita de hoje citando o primeiro capítulo do livro intitulado À sombra desta mangueira, cujo o autor é Paulo Freire. Entre tantos pontos marcantes desse texto, destaco a importância da organização da sala de aula. De acordo com o autor o espaço escolar deve ser facilitador à curiosidade, sem ela, degenera-se a pratica educativa progressiva, enquanto espaço aberto ao exercício da curiosidade epistemológica deveria ser preocupação de todo projeto educativo sério. Pede atenção em pormenores do mobiliário escolar prazeroso ao respeito a ele por por parte dos alunos e da administração.



Defendo que o meio físico e social é muito importante para que haja interações e construção do conhecimento, partindo do principio que são seres únicos, históricos, social e cultural, sendo importante saber organizar o espaço tanto interno e externo das salas e do pátio para os alunos sentirem confiantes, seguros e flexível o suficiente, fazer alterações quando necessário à medida que  modificam e evoluem as potencialidades das crianças. Uma grande aliado para saber o momento de fazer tais mudanças está no hábito do professor saber escutar e observar atentamente a turma, isso trará ao educador a possibilidade de descobrir o real interesse das crianças, bem  como suas necessidades. O segundo passo será a preparação dos desafios, trazendo e confeccionando coisas novas e jamais esquecendo que a exploração dos objetos será diferente para cada criança,e é isso que enriquece o trabalho e a troca de saberes, todos  participam da construção do espaço escolar de forma democrática.

Com base nas ideias de José Antonio Castorina, o autor prescreve que não é suficiente mensurar o saber da criança ao entrar na escola, mas devemos estudar dentro  da sala de aula como os conhecimentos são influenciados e como os professores apresentam tais problemas. Ofertar  espaços para que os alunos apresentem seus próprios problemas e que possam confrontar seus conhecimentos fruto do seu desenvolvimento. Ainda, os saberes que as crianças adquirem em sala de aula, são conhecimentos que não podem adquirir sozinhos, só é possível adquirir com ajuda de outro, mas dentro de uma didática com muita informação. Ensinar não é simplesmente dar aula, mas incentivar o próximo a apresentar seus próprios problemas, escutar os alunos e permitir que interajam entre si para formularem hipóteses.

Penso, de acordo com os ensinamentos de Castorina, que o maior desafio é estudar o que as crianças sabem por si mesmo e o que foi ensinado na escola, e que esses saberes combinem com os saberes sociais (Psicologia Genética). Se  não houver contexto didático, as crianças não constroem conhecimento em sala de aula, logo deve estudar significações preexistentes para assimilar as novas que estão sendo apresentadas. A pluralidade dos saberes despido da crença coletiva, mas capazes de formar cidadão critico e vindo a intervir no mundo.

fonte: FREIRE, Paulo. À sombra da mangueira, pág. 78-79. São Paulo. 2000, Ed. Olho D´água.
CASTORINA, José Antonio, vídeo Jean Piaget: aprendizagem e conhecimento escolar, https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=7uUX52eo4u0 , acessado em 15/11/17       

2 comentários:

  1. Olá, Lisiane. Que relação você faria entre a proposta pedagógica do PEAD e as questões elencadas acima, no que diz respeito à interação, significação e contextualização?

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  2. O curso de Pedagogia nos proporciona aplicar a teoria com a prática simultaneamente, valorizando e nos proporcionando reflexão sobre nossa experiência em sala de aula. Nossos conhecimentos adquiridos são mais oportunizados na medida em que temos professores nos orientando, ou seja, não basta ter o interesse para buscar o saber, mas alguém para nos ajudar a nortear esse caminho e fazer a troca desses saberes entre o grupo, exemplo, a confecção do blogger.

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