quarta-feira, 29 de novembro de 2017

INCLUSÃO ESCOLAR E AUTISMO



O autismo tem como característica o desenvolvimento acentuado atípico na interação social, comunicação e pela presença de um repertorio marcadamente restrito de atividades de interesses. Desse modo observa-se uma dificuldade de comunicar-se de maneira usual com as pessoas, assim como no âmbito escolar, vejamos:

Observo que  a ausência de respostas das crianças autistas deve-se, muitas vezes, à falta de compreensão do que está sendo exigido dela, ao invés de uma atitude de isolamento e recusa proposital. Até que ponto o retraímento social dos autistas não resultaria da falta de oportunidades oferecidas, mas do que algo inerente à própria síndrome, afinal o ser humano está inatamente programado para estabelecer vínculos sociais.

Em outra palavras, proporcionar às crianças com autismo oportunidades de conviver com outras da mesma faixa etária possibilita o estimulo às suas capacidades interativas, impedindo o isolamento contínuo. Fica evidente que crianças com desenvolvimento típico fornecem, entre outros aspectos, modelos de interação para as crianças com autismo, ainda que a compreensão social desta última seja difícil. A interação com pares é a base para o desenvolvimento, como para o de qualquer outra criança.

A partir da sua inclusão no ensino comum, possa oportunizar os contatos sociais e favorecer não só o seu desenvolvimento, mas de outras crianças na medida em que estas últimas convivam e aprendam com as diferenças. Lamentavelmente crianças com prejuízos e déficits cognitivos acentuados, como psicóticos e autistas, não são considerados em suas habilidades educativas, devido o fato de existirem poucos estudos sobre inclusão de crianças autistas na rede comum de ensino. Por isso, a atuação do professor é fundamental para que a inclusão escolar aconteça de forma satisfatória.

Outro erro, que noto com frequência,  diz respeito as dificuldades do  professor em diferenciar inclusão de integração:

Integração: investe-se na possibilidade de indivíduos com deficiência frequentarem escolas comuns de ensino, cujo o currículo e método pedagógicos estão voltados para crianças “normais”.

Inclusão: muda-se o foco do individuo para a escola. Neste caso, é o sistema educacional e social que deve adaptar-se para receber a criança deficiente.

Pontuo na necessidade de orientação aos professores, pois é a falta de conhecimento a respeito dos transtornos autísticos  que o impedem de identificar corretamente as necessidades de seus alunos com autismo, bem como, a tendência a centralizar suas preocupações em fatores pessoais como, medo e ansiedade frente à sintomatologia mais do que à criança em si. no cotidiano escolar observo outro entrave que muitos educadores resistem ao trabalho com crianças autistas devido a temores em não saber lidar com a agressividade delas – aliás, um aspecto que não é necessariamente característico desta condição. Revelando a ideia distorcida que os professores tem sobre o autismo, principalmente quanto à (in) capacidade de comunicação, e essas concepções parecem influenciar as pratica pedagógicas e as expectativas acerca da educabilidade  desses alunos. A dificuldade, em geral, dos professores se apresentam na forma de ansiedade e conflito ao lidar com o “diferente’. Um processo de inclusão mal sucedido pode aumentar os riscos de isolamento, rejeição dos pares e baixa quantidade de amizade.


Uma criança que apresenta deficiência, pode beneficiar-se da experiências sociais, e na medida que os conteúdos  vão sendo desenvolvidos e “aprendidos’ por esses alunos, torna-se possível a entrada de novos conteúdos.

justificando o texto julgo necessário fundamentar a escrita com o intuito de pontuar dificuldades que se fazem presentes no cotidiano escolar, pois são averbações fidedignas do que observo na lida com um alno autista. Por outro lado, hoje encontramos textos onde nos possibilita a reflexão sobre o tema, mais, saber que é possível mudarmos nosso viés de tudo o que nos foi ensinado calcados tempos remotos, desde que, tenhamos motivação para ir em busca do saber com a finalidade de derrubar tabus impostos a nós educadores sem nenhuma base cientifica, apenas pela dedução do preconceito.

fonte:  CAMARGO, Síglia Pimentel Hoher Camargo; BOSA, Cleonice Alves. COMPETÊNCIA SOCIAL, INCLUSÃO ESCOLAR E AUTISMO: REVISÃO CRÍTICA DA LITERATURA. Psicologia & Sociedade, 21 (1): 67-71, 2009

Um comentário:

  1. Devido o avanço tecnológico e multiplicidade de informações, e a exposição social frente a querer ser aceito , devemos estar preparados como profissionais.Quando se trata da diferença "das pessoas ditas normais". O sujeito já vem em busca de ajuda bem informadas e posicionadas a quebrar essa barreira do preconceito, o ambiente tem estar propicio para recebe-lo

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