terça-feira, 29 de outubro de 2019

SENSORIALIDADE NA ARTE


A postagem https://portfoliolisianenegreiros.blogspot.com/2018/04/os-bebes-e-as-criancas-pequenas-pikler.html aborda o  protagonista infantil no seu processo de desenvolvimento, através de uma  formação pautada na observação e na reflexão. É na presença respeitosa e afetuosa do adulto que a criança pequena explora, brinca, conhece o mundo que a cerca e conhecer-se. No mencionado texto trago apenas a fala de uma parte desse protagonismo, embora esse tema tenha vários assuntos, irei me ater a um especifico que nos últimos tempos tenho tomado consciência de sua importância no processo educacional das crianças :Artes.
As crianças desde o nascimento estão aprendendo algo sobre o mundo e,  elas não carecem apenas de cuidados necessários, mas o quanto antes de estímulos que desenvolvam seus sentidos e sua intelectualidade, nessa afirmação cito o trabalho artístico como uma das formas de tais incentivos é proporcionar a manipulação livre de instrumentos diversos para que elas aprendam a explorar o mundo à sua volta.  O primeiro passo é criar meios para que essa criança se familiarize com os recursos,  pois elas são capazes de mexer com diversas substâncias e experimentar instrumentos variados, desde que sob a orientação de um adulto. A criança deve experimentar a Arte de forma livre, segura e os pais e professores devem assimilar que é uma brincadeira transformada em expressão e criação.
A proposta traz um grande desafio para educador e educando, ou seja, como trabalhar Artes, um tema que a principio parece difícil com berçários, porém a experiência mostrou o contrário, bem como para a criança deve ser oportunizado contatos reais, onde possa sentir dentro de suas descobertas as sensações exatas do que lhe é proposto:

A criança, essa criatura por excelência tátil, tem olhos nas mãos. Só quase sabe ver com as mãos, ver com os olhos não lhe basta, pois o campo de repercussões por ela almejado é das mais recuadas impressões corpóreas. A tatilidade  é seu mais poderoso recurso imaginador, a porta do vínculo onírico com tudo. Pela tatilidade, ela não apenas vê como também ouve e empenha diálogo com os materiais. PIORSKI, 2016, p.109.

O autor ainda nos proporciona maior clareza ao afirmar que “O tato é a mãe dos sentidos, pois a pele, esse imenso órgão comunicador entre o corpo e o mundo, é o abrigo e a base de toda a sensorialidade” (PIORSKI, 2016, P. 111).
Referências bibliográficas:
PIORSKI; Gandhy.  Brinquedos do Chão. A natureza, o imaginário  e o brincar. Ed. Petrópolis, 2016.


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