terça-feira, 10 de abril de 2018

APRENDIZAGENS DO SEMESTRE 2017/2



Independente do contexto escolar, de nossas dificuldades em exercer o ofício o importante é compreender as situações que se apresentam e que envolvam riscos às aprendizagens de nossos alunos, as relações entre eles, entre educando e educadores, entre alunos e a família, a mediação, a escola como instituição educadora. Tornando–se necessário que os educadores tenham consciência e formação adequada para lidar com as diferenças, dificuldades, anseios, formação inadequada e contornar o viés politico que permeia a rotina escolar pública.

Não existe um modelo ideal, e podemos considerar que o método adequado é um conjunto de combinações entre as alternativas de atendimento possíveis, desde que tenha por objetivo atender/sanar os problemas que temos quando falamos em educação. Penso que fazermos queixas, cruzar os braços, nos omitir perante as dificuldades não nos eximirá de culpa, mas apenas reforçará que nosso oficio não pode ser exercido dentro de limitações, e sim, com afeto e boa vontade alcançaremos um resultado mais acolhedor para nossa clientela. O professor é sujeito das experiências e definido não por suas atividades, mas por sua passividade, receptividade e disponibilidade frente às dificuldades do seu aluno, mais importante, sua abertura para o fato real oportunizando, produzindo mudanças, até então, silenciadas no ambiente escolar, construindo vestígios e efeitos. Diante das implicações, dos desafios e conflitos que permeiam a função de ser educador, a mesma requer uma postura de pesquisadores e agentes transformadores, pois há que se considerar a presença da responsabilidade político-social na docência. Tal aprimoramento dos conhecimentos oferecerá ao mestre novos panoramas de análise que possibilitam a compreensão dos diversos contextos vivenciados por eles, ou seja, nossa realidade social é constituída de diversidades. Em suma, constata-se que o professor nunca está pronto, acabado, mas, sempre em processo de (re) construção de saberes. 

É preciso que, nós professores, estejamos abertos a experienciar e a possibilidade de nos deixar tocar e fazer transformações. Tocar no sentido de ensinar sem repressão, mas permitindo ao aluno observar e contemplar o mundo que o cerca e libertando nossas mentes, assim como dos educando, de tabus historicamente impostos. Precisamos ter atenção aos nossos alunos na forma e meios que eles utilizam para aprender, assim, compreenderemos que os humanos são diferentes e produzem conhecimentos distintos, por isso são ricos em significados.



2 comentários:

  1. Olá, Lisiane. Ao elencar o papel do professor enquanto orientador, colaborador e pesquisador, garantimos que a aprendizagem se "materialize" em sala de aula. A clareza dessa prática, além da amorosidade que cita Paulo Freire é um dos caminhos para se chegar ao sucesso como profissional da Educação. Além de Paulo Freire, que outro autor cruzou seu caminho que respalda suas reflexões acima?

    ResponderExcluir
  2. No semestre que findou conheci autores que fizeram diferença na minha aprendizagem, bem como na prática do cotidiano escolar. Entre muitos cito Petrolina Beatriz Gonçalves Silva, Siglia Pimentel Höher, Luciani Missio e Jorge Larrosa Bondía.

    ResponderExcluir