quarta-feira, 2 de novembro de 2016

A CONDUTA DO PROFESSOR

Inicio meu texto com a colocação, fabulosa, do professor de Ciências José Francisco Flores:

"... permanente vigilância na nossa conduta como professor, porque não temos como medir a consequência de nossas palavras, gestos e olhar que lançamos sobre uma criança. Por isso, temos o dever de sermos vigilantes todo o tempo..."

PROFESSOR X VALORES

PROFESSOR:  Atitudes coerentes  com o que faço. O descuido e o imprevisto também acontece por parte do aluno e ao abordamos tais falhas devemos realizar de forma humilde, com bom senso e tolerância, ainda mais quando falamos em educação Infantil, onde encontramos seres em formação e estamos comprometidos ao mundo dessas crianças. Um professor arrogante é desestimulante, frustante no processo de aprendizagem para qualquer fase do educando, enquanto aquele mestre amoroso e de bom senso consegue despertar no aluno o interesse pelo saber. E essa relação de amizade que possibilitará   a caminhada  do aprender e ensinar  juntos, digamos, uma "troca de figurinhas".

VALORES: Sublimes e intrínsecos do ser humano. Quando digo valores não é com o intuito de elencar sem flexibilizar, mas no sentido que existem de forma objetiva, subjetiva e intersubjetiva, pois os valores existem só que compreendidos de acordo com a vivência de cada um. Sendo assim, como um professor deve portar-se diante de crianças com formações múltiplas sem os humilhar, violar ou até mesmo engessar o conhecimento prévio desses alunos?

Despindo-se de seus valores e condutas que julga inviolável, aberto a novas experiências, conhecimentos  e conceitos, seja no campo pessoal como profissional, ainda, assimilar que lecionar é uma relação de troca, onde todos, sem exceção, tem algo à contribuir.

Quando rotulamos um aluno estamos cerceando o direito de aprender e estamos frustados com a nossa capacidade enquanto profissional, afinal todos sabem e aprendem algo. Mensurar é ir na contramão do ato de educar! Contudo, outro valor está sendo ceifado para ambos: A esperança que faz parte desse processo formador educacional.



O bom senso, amor, carinho e a forma como tratamos nossos alunos
 é o caminho para obtemos êxito na aprendizagem.




Minha vivência em sala de aula vai ao encontro das palavras do professor José Francisco ao desempenharmos função social na  formação desses  cidadãos e que muitas vezes somos  exemplos. Contudo, devemos respeitar as relações sociais onde estão inseridos, modo de agir, pensar e de relacionar-se com os demais membros.

Para quem tiver mais interesse  sugiro o artigo da autora Fernanda Dorneles Vargas, da qual foi oportuna  fonte de pesquisa para o tema acima escrito. Vale ressaltar que o texto consiste em uma leitura clara,  objetiva e de muito bom senso.

http://www.pedagogia.com.br/artigos/posturadoprofessor/index.php?pagina=3

2 comentários:

  1. Oi Lisiane,
    Muito importante as reflexões que você apresenta nessa postagem!
    Lembremos também que para que o professor possa aprender junto com aluno é preciso que ele respeite e conheça o processo de aprendizagem deste aluno. Assim, será possível haver diálogo, pois na medida em que professores e alunos aprendem e crescem na diferença as trocas tornam-se significativa para ambos.Através das ciências, dos experimentos, das experiências e das vivências é possível conhecer as hipóteses e as formas de pensar de nossos alunos.
    De que forma você acredita que o ensino de ciências pode te auxiliar a colocar em prática as características do professor que você apontou nessa postagem?
    Abraço, Tutora Tais

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  2. Ciências engloba visão do mundo através de experimentos, e essa percepção de mundo nossos alunos já as possuem de acordo com a faixa etária. Partindo desse ponto, o conhecimento que passamos aos nossos educandos devem ser norteados em suas experiências prévias e jamais rotuladas como certas ou erradas, mas justificadas na bagagem de vida de cada um, daí a cautela do professor em repassar seus valores fundados apenas na sua própria experiência e subjugando as dos seus alunos.

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